terça-feira, 26 de maio de 2009

Avaliação I e II Guerras- corrigida






Mapa 1

1. ESCOLHA, dentre as alternativas abaixo, o nome mais adequado para o Mapa 1.
a. Processo de descolonização da Europa
b. Europa entre guerras
c. Europa às vésperas da II Guerra Mundial
d. Deslocamento de tropas durante a Guerra Fria
e. Nenhuma das alternativas.
JUSTIFIQUE sua resposta

A presença dos quatro impérios, especialmente o Russo, indica que o mapa se refere à época da I Guerra Mundial

2. Quatro Estados representados no mapa 1 desapareceram. Responda o que se pede:
a. IDENTIFIQUE estes Estados

Império Russo, Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Otomano

b. EXPLIQUE porque eles desapareceram

1 Império Russo - após a Revolução Russa, transforma-se numa república comunista.

2 Império Alemão - além de perder território, transforma-se numa república.

3. Império Austro-Húngaro - além de perder território, transforma-se em dois Estados: Áustria e Hngria
4. Império Otomano - desintegra-se progressivamente em vários Estados.

3. OBSERVE o Mapa 2 (acima). Nele alguns ESTADOS estão marcados com "círculo" e outros com "triângulos". RESPONDA

a. Este mapa se refere a qual momento histórico ? Por que ?

Guerra Fria. A existência de duas Alemanhas indica o mundo bipolar da Guerra Fria.

b. Por que o mapa indica uma divisão da Europa em dois conjuntos de países ? Que conjuntos de países são estes ?

A Europa, bem como o mundo, se divide em dois conjuntos de países: capitalistas e comunistas


4.
a. ELABORE um conceito para Guerra Fria

Guerra Fria foi o período que vai do fim da Segunda Guerra Mundial ao início da década de 90 do século passado. Caracterizou-se pela inexistência de conflitos militares diretos entre as duas grandes potências - EUA e URSS - mas pela existência de inúmeros conflitos indiretos entre ambos.

b. CITE um conflito (militar ou não) e EXPLIQUE sua relação com a Guerra Fria


Guerra do Vietnã e Guerra da Coréia - conflitos militares. As duas potências envolvem-se nestes conflitos apoiando lados opostos.
Corrida armamentista, corrida espacial, Olimpíadas - conflitos não militares. As duas potências procuram mostrar que o sistema econômico de cada uma - capitalismo ou comunismo - é melhor, mais avançado. São conflitos que utilizam da propaganda ideológica indireta.



acj/mai09

terça-feira, 12 de maio de 2009

ATENÇAO AOS MAPAS DO BLOG

AMANHÃ TEM PROVA !!!!!!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A Revolução Industrial

Universidade Federal de Minas Gerais
Centro Pedagógico – Escola Fundamental- Núcleo de Geografia e História- Disciplina História
Professor Adair Carvalhais Júnior


A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Adaptado de História Temática – O Mundo dos Cidadãos. Montellato, Cabrine e Catelli. Ed. Scipione, pg. 30 a 51


Mais do que a introdução das máquinas no sistema de produção de bens e mercadorias, a Revolução Industrial consistiu numa transformação no modo de trabalhar dos homens, na maneira de se relacionarem uns com os outros, de pensar e agir, bem como utilizar o tempo, observar o meio ambiente e nele interferir. A própria noção de tempo foi modificada.
O relógio mecânico, criado em fins do século XIII para disciplinar a vida dos monges acabou por extrapolar seu objetivo inicial e passou a controlar o ritmo de todas as atividades da vida urbana.
Assim, já por volta do século XVI a noção de tempo relacionava-se com o tempo útil, o tempo do trabalho. Desta forma, a noção do mercador do tempo como dinheiro foi se disseminando por todas as esferas da sociedade.
A revolução industrial também se relacionou com o desejo dos patrões em disciplinar os operários e em submetê-los a novos sistemas de trabalho.

O NASCIMENTO DAS FÁBRICAS

Durante a Idade Média européia a produção era realizada em um sistema familiar e destinava-se a atender às necessidades da família do camponês.
O crescimento urbano e o êxodo rural aumentaram o contingente de artesãos e estes procuraram se organizar nas chamadas corporações de ofício.
As corporações eram organizações que possuíam regulamentos próprios quanto à hierarquia, formação e treinamento de profissionais, às horas de trabalho, salários, preços dos produtos. Além disto protegiam os artesãos contra a concorrência estrangeira (de outras cidades ou países).
Por volta do século XVI os comerciantes começaram a fornecer a matéria-prima aos trabalhadores fora da jurisdição das corporações e a controlar a comercialização da produção, num sistema que ficou conhecido como putting-out na Inglaterra.
Neste sistema os trabalhadores produziam em suas casas, eram donos das ferramentas, controlavam as técnicas e o processo de trabalho. Mas surgiam conflitos entre eles e os comerciantes pois nem sempre a matéria-prima era de boa qualidade, havia desvio da produção e o preço combinado não era pago, além do atraso na entrega das mercadorias.
Por isto as fábricas nasceram da necessidade dos comerciantes controlarem melhor os trabalhadores, impor-lhes um ritmo de trabalho próprio e retirar-lhes a iniciativa e a criatividade.
Nelas os trabalhadores eram reunidos em galpões, vigiados e controlados por meio de uma rígida disciplina, de horários de entrada e saída, prazos para cumprimento das tarefas, maior divisão das etapas do trabalho e uma hierarquia severa. Nelas as jornadas de trabalho atingiam até 16 horas por dia, sem feriados ou férias e a utilização da mão-de-obra infantil era comum.

TRABALHO E TECNOLOGIA

A invenção de máquinas para fazer o trabalho do homem era uma história antiga. Mas a associação da máquina à força do vapor provocou mudanças inéditas.
A produção em grande escala, a divisão do trabalho e a utilização da energia não humana provocou um enorme aumento na produção.
Sob o ponto de vista dos trabalhadores, a Revolução Industrial foi uma catástrofe. A exploração econômica e a opressão política só fizeram aumentar e as relações entre patrões e empregados tornaram-se mais duras e menos pessoais. Nasceu aí a classe operária, tão importante para a civilização ocidental particularmente a partir do século XIX.
Mas os conflitos entre patrões e empregados não giravam, no início, em torno de questões econômicas mas de valores: tradição, justiça, solidariedade, independência, segurança e economia familiar eram freqüentemente invocados pelos trabalhadores que viam seu modo de vida ser transformado drasticamente (ver texto “Relato feito por um oficial fiandeiro de algodão ao público da cidade inglesa de Manchester”, em 1818).
E não poucas vezes estes conflitos tornaram-se violentos (ver texto “Os quebradores de máquinas”).

TAYLORISMO E FORDISMO

Frederick Winsllow Taylor criou o taylorismo, conjunto de regras criadas a partir da observação do trabalho nas fábricas que visava racionalizar e controlar ao máximo o tempo do trabalhador, elevar sua produtividade, eliminar o desperdício e reduzir os custos de produção.
No taylorismo a divisão do trabalho foi aprofundada, sendo cada operário responsável por uma única e repetitiva tarefa. Além disto o trabalhador que realizasse determinada tarefa num tempo menor que a média de todos os companheiros era premiado.
Henry Ford desenvolveu os princípios de Taylor e os aplicou nas suas fábricas, criando a linha de montagem, na qual os veículos eram colocados numa esteira rolante e cada trabalhador realizava uma única e simples etapa da produção: quanto mais simples menos sujeita a erros, maior velocidade, mais produtividade e mais lucros.

+ Charles Dickens (1812/1870), escritor inglês, retratou muito bem as condições de trabalho subumanas da classe trabalhadora no século XIX no livro Oliver Twist.
+ Charlie Chaplin, cineasta americano, mostrou no seu filme Tempos Modernos a vida repetitiva e monótona dos trabalhadores na indústria.


Após a leitura, responda:
1. Explique as transformações no modo de se produzirem as mercadorias desde a Idade Média até o nascimento das fábricas.
2. Identifique e diferencie taylorismo e fordismo e explique sua importância para o desenvolvimento industrial.
3. Explique as mudanças provocadas no modo de vida dos trabalhadores pela Revolução Industrial.
4. Explique as conseqüências da introdução de máquinas a vapor, do controle e da divisão do trabalho sobre a produção e a produtividade.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Revolução Industrial

I. Introdução
Localização espaço-temporal: Inglaterra, séc. XVIII (ap. 1750)
Importância e significado
- destruição do modo familiar de produção
- separação entre trabalhadores - que possuem a força de trabalho - e proprietários (da matéria-prima, do capital, da fábrica e dos produtos do trabalho)
OU
- separação entre assalariados (trabalhadores) e não assalariados (proprietários)
- instauração do modo capitalista de produção

II. Pioneirismo inglês
- hegemonia naval e comercial - domínio do comércio nas áreas coloniais
- mercado externo
importação de matéria prima (algodão)
consumo de tecidos (quase 90%)
capital: comércio colonial e tráfico escravos
controle sobre o trabalho: expulsão dos camponeses (cercamentos)

III. Da produção familiar à produção fabril

Produção familiar
- casa + oficina
- para consumo local
- mão-de-obra familiar (+aprendiz)
- pouca mecanização
- pouca ou nehnuma divisão do trabalho
- energia humana
- trabalho não assalariado
- controle da produção pelo artesão (tempo, quantidade de mercadorias, etc.)
- controle do saber/fazer pelo artesão

Produção fabril
- fábrica= local específico para a produção
- para consumo distante - intervenção do comerciante
- mão-de-obra: operários
- crescentemente mecanizado
- divisão do trabalho crescente
- energia não humana: vapor e outras
- trabalho assalariado
- controle da produção pelo dono da fábrica
- artesão não controla o saber/fazer

IV. Revolução industrial e capitalismo
tecnologia e aumento de produtividade
divisão de trabalho
trabalho assalariado

Descolonização da África e da Ásia

Europa-Entre Guerras

Europa-pós II Guerra

Europa-Pós I Guerra

Europa-Divisão Política-I Guerra (1914)

terça-feira, 5 de maio de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Centro Pedagógico – Escola Fundamental
Núcleo de Geografia e História
Prof. Adair Carvalhais Júnior


A Segunda Guerra Mundial


Um dos principais motivos da Segunda Guerra foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra.
Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados comuns.
Quase todos os historiadores concordam que a causa diplomática mais profunda da Segunda Guerra Mundial tem sua origem no Tratado de Versalhes, assinado entre as potências vencedoras da Primeira Grande Guerra (Estados Unidos, Inglaterra, França) e as vencidas (a Alemanha e a Áustria). A Alemanha se viu despojada da Alsácia-Lorena (que havia conquistado na guerra franco-prussiana de 1870), como teve de ceder à Polônia uma faixa de território que lhe dava acesso ao Mar Báltico (o chamado "corredor polonês").
As sanções aplicadas pelos vencedores tornaram-se fonte de amargos rancores, que facilmente foram explorados pela extrema direita nacionalista (nazistas e capacetes-de-aço, que começam a proliferar na Alemanha em 1919). O grande erro do Tratado de Versalhes foi ter ferido profundamente o sentimento nacional dos alemães, e, por outro lado, não lhes ter suprimido o potencial industrial.
A crise econômica que se abateu sobre o sistema capitalista mundial a partir de 1929 será o fator mais poderoso para que um novo arranjo do poder em escala mundial seja pleiteado. A crise levou os países capitalistas a tomarem medidas protecionistas visando salvar os mercados internos das importações estrangeiras, ocorrendo uma verdadeira guerra tarifária. A produção mundial, reduziu-se em 40%, sendo que a diminuição do ferro atingiu a 60%, a do aço 58%, a do petróleo 13% e a do carvão 29%.
O desemprego grassou nos principais países industrializados: 11 milhões nos Estados Unidos, 6 milhões na Alemanha, 2 milhões e meio da Inglaterra e um número um pouco superior na França. Não está longe da verdade o fato ter provocado a aflição e o desemprego em mais de 70 milhões de pessoas (contando-se os seus dependentes). Como a economia já estava suficientemente internacionalizada (com exceção da URSS que se lançava nos Planos Qüinqüenais) todos os continentes foram atingidos, aumentando ainda mais a miséria e o desemprego.
A América Latina, por exemplo, teve que reduzir em 40% suas importações e sofreu uma queda de 17% em suas exportações. É nesse contexto caótico que a Alemanha no Ocidente e o Japão no Oriente vão tentar explorar o debilitamento de seus rivais. Uma nova luta por mercados e novas fontes de matérias-primas levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos: Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os Estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
De 1941 a 1945 aconteceram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino ) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira.
Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
Este conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o comunismo soviético, onde ambos buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

Adapatado de
http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/index_flash.html
http://www.suapesquisa.com/segundaguerra/

Acessado em 28.04.2008



Após a leitura do texto, responda
1. Compare a situação da Alemanha e da Itália antes da Guerra.
2. Relacione o Tratado de Versalles com a II Guerra.
3. Cite e explique três consequências da Guerra.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Centro Pedagógico – Escola Fundamental
Núcleo de Geografia e História
Prof. Adair Carvalhais Júnior

A Segunda Guerra Mundial a partir de vários pontos de vista

1- Depoimentos

As causas da guerra segundo o Eixo

Testemunho número 1

De Joachim von Ribbentrop, ministro de Relações Exteriores da Alemanha nazista.
Texto escrito em 1946, depois da vitória aliada, quando o autor estava na prisão de Nuremberg. Foi condenado à morte como criminoso de guerra e enforcado.

"Em 1929, sobreveio na Alemanha uma tremenda crise econômica. As exportações alemãs não podiam cobrir as importações; as resryas de ouro do Reichbank (Banco da Alemanha) esgotaram-se rapidamente; a vida comercial estancou-se; a produção foi diminuindo; massas de trabalhadores foram despedidas de suas fábricas; havia milhares de homens sem trabalho; o capital fugiu para o estrangeiro
"Apesar das minhas idéias políticas, eu continuava sendo um homem de negócios e não havia decidido dedicar-me à política. Sem dúvida, quando em 1931 e 1932 vi que a Alemanha estava decadente, esforcei-me em trabalhar para o grande projeto Nacional Socialista [Nazista]."
"Exatamente como todos os governos alemães do passado, o governo do III Reich [o governo nazista] chegou à conclusão de que o que desejava o povo alemão não podia ser levado a cabo pelo caminho da paz."
"Por que os ingleses adotaram uma atitude de hostilidade contra a Alemanha? A resposta a esta pergunta é a mesma que esclarece os motivos da Segunda Guerra Mundial: o equilíbrio de poderes na Europa estava em perigo! Muitas vezes, Hitler repetia que pegaria em armas caso não nos entendêssemos com a Inglaterra a respeito de nosso poder, se este país viesse derrubar o equilíbrio de poder entre as potências européias."
"A terceira causa que impediu a aproximação entre Alemanha e Inglaterra foi o poder de alguns círculos formados principalmente por maçons e judeus. Acrescente-se a isto, também, que Hitler era muito influenciável pelo que dizia a imprensa, e uma parte da imprensa inglesa se mostrava contrária à Alemanha."
"Hoje, no outono de 1946, enquanto escrevo estas linhas na minha cela do cárcere de Nuremberg, oito dias antes da sentença, creio firmemente que, em qualquer circunstância, Adolf Hitler quis chegar a um acordo com a Inglaterra."

"Polônia não somente se negou a entrar em acordo com a Alemanha como acentuou a perseguição das minorias alemãs assentadas em seu território. Não cabe nenhuma dúvida de que a Inglaterra teve possibilidades de evitar a guerra fazendo uma ligação para Varsóvia. O fato de que o governo britânico não o tenha feito demonstra claramente que a Inglaterra estava decidida a ir à guerra."

Testemunho número 2
De Adolf Hitler, criador e líder do Partido Nacional Socialista (NAZISTA). Hitler chegou ao poder pelas urnas, mas imediatamente converteu a Alemanha em uma ditadura. O primeiro testemunho apresentado foi extraído das notas secretas de uma reunião celebrada em 2 maio de 1939 entre Hitler e seu Estado Maior. Em 23 de maio foi firmado o Pacto de Aço entre Itália e Alemanha. O segundo testemunho é uma carta de Hitler a seu aliado Mussolini sobre a assinatura do pacto germano-soviético.

1. "Neste momento, achamo-nos em um estado de fervor patriótico só compartilhado por outras duas nações: Japão e Itália. O período que se estende por trás de nós tem sido bem aproveitado. A Polônia sempre estará com nossos adversários e, apesar dos tratados de amizade, os poloneses têm tido sempre a intenção secreta de nos prejudicar. Conseguir a cidade de Dantzig, em resumo, não é o objetivo da disputa. Trata-se de expandir nosso espaço vital no leste da Europa e de assegurar nossos gêneros alimentícios; portanto, não podemos perdoar a Polônia e só nos resta a decisão de atacá-la na primeira ocasião. Se bem que não haja certeza de que a guerra germano­polonesa conduza a uma guerra mundial, ela seria, em primeiro lugar, contra Inglaterra e França. Se há uma aliança entre França, Inglaterra e URSS contra a Alemanha, Itália e Japão, me verei obrigado a atacar a Inglaterra e a França com uns quantos golpes aniquiladores. Duvido da possibilidade de um acordo pacífico com a Inglaterra. Conseqüentemente, é nossa inimiga e um confronto com ela será de vida ou morte. Temos que avassalar Holanda e Bélgica, prescindindo de suas neutralidades. Seria conveniente pactuar com a URSS para dividir nossos inimigos em potencial."
2. "Duce:
Há algum tempo que Alemanha e Rússia meditavam sobre a possibilidade de um pacto. As razões são as seguintes:
1- A situação política do mundo.
2- As dúvidas do Japão sobre se atacará ou não a Inglaterra e a URSS.
3- As relações entre Alemanha e Polônia são muito ruins, não
por culpa do Reich, mas dos ingleses.
Estas razões me induziram a acelerar a conclusão do tratado (Pacto germano-soviético). Posso lhe informar, querido Duce, que graças a isto a atitude benévola da URSS foi assegurada. Deixou de existir a possibilidade de um ataque por parte dela em caso de conflito."

Testemunho número 3

De Conde Galeazzo Ciano, genro de Mussolini (o Duce), ministro de Relações Exteriores da Itália.
Acusado de traição, foi fuzilado antes de acabar a guerra por ordem do próprio Mussolini. Os testemunhos procedem de seu diário pessoal:

"11 de agosto de 1939 - Ribbentrop [ver testemunho número 1] mostra-se esquivo a cada vez que lhe pergunto detalhes sobre o que a Alemanha pensa em fazer. Ele tem a consciência suja: mentiu muitas vezes sobre as intenções germânicas em relação à Polônia. O propósito de combate dos alemães é implacável; recusa todas as soluções que possam satisfazer a Alemanha e evitar a guerra. Tenho certeza que, ainda que se dê aos alemães mais do que eles pedem, eles atacariam igualmente, porque estão dominados pelo demônio da destruição."

"12 de agosto de 1939 - Dou-me conta muito rapidamente de que não há nada que fazer. Hitler está decidido a dar o golpe e dará. Nossos argumentos não podem servir para detê-Io. Hitler repete sempre que restringirá o conflito à Polônia, mas sua afirmação de que a Grande Guerra deve ser feita enquanto ele e o Duce forem jovens me induz a crer que ele age de má fé."

"13 de maio de 1940 - Mussolini me disse que os aliados perderam a guerra. Os italianos perderam a honra por não haver cumprido o pacto com a Alemanha. Não se pode perder mais tempo; este mês declararemos a guerra e atacaremos a França e a Inglaterra por mar e por terra."

As causas da guerra segundo os aliados

Testemunho número 4

De Sir Winston Churchill, primeiro ministro britânico durante a guerra. Testemunhos extraídos de suas extensas memórias escritas em 1948, já findo o conflito.

"Entretanto (1929-1933), chegou a vez de a Alemanha sofrer as conseqüências da crise econômica; isso ocasionou um amplo fechamento de fábricas nas quais se fundava o renascer pacífico da Alemanha [renascer se refere à derrota alemã na Primeira Guerra Mundial]."
"Os acordos territoriais de Versalhes que deram fim à Primeira Guerra Mundial (1914-1918) deixaram a Alemanha praticamente intacta. Ainda continuava sendo a principal potência da Europa. Quando o marechal francês Foch escutou o conteúdo do Tratado de Versalhes, disse com singular justiça: "Isto não é uma paz, é uma trégua por vinte anos". A Alemanha ficava condenada a pagar reparações em uma quantia enorme, e nenhuma nação derrotada jamais pode pagar os custos da guerra moderna."
"É possível que, no último ano antes do início da guerra, a Alemanha fabricasse o dobro, se não o triplo da quantidade de munições que França e Inglaterra fabricavam juntas. Suas fábricas de tanques também devem ter chegado a sua máxima capacidade. Portanto, os nazistas obtinham armas muito mais rapidamente do que nós; finalmente, um fato a mais: só em 1938, Hitler anexou à Alemanha mais de seis milhões de austríacos e três milhões e meio de tcheco­eslovacos habitantes da região dos Sudetos. Em resumo, mais de dez milhões de novos súditos: trabalhadores e soldados. A balança da guerra, que ele já estava preparando, se inclinava a seu favor."
"O povo inglês mostrou uma crescente tendência a abandonar todo temor em relação à Alemanha. Setenta milhões de alemães deviam ser autorizados a rearmar-se e preparar-se para a guerra, sem que os vencedores do conflito anterior fizessem a menor objeção. A atitude inglesa animou o governo alemão. Eles supuseram que nossa debilidade se devia ao parlamentarismo e à democracia que temos na Inglaterra. Animados pelo golpe de Hitler, os representantes da Alemanha, altivamente, abandonaram a Conferência de Desarmamento. Enquanto a Alemanha produzia armamento, Inglaterra e França desarmavam seus exércitos. Diante desta situação, os americanos não fizeram mais do que encolher os ombros."
"Na noite de 19 de agosto de 1939, Stálin comunicou que se proporia a assinar um pacto com a Alemanha; em 22 de agosto houve o encontro entre Stalin e Ribbentrop. Rapidamente, e sem dificuldades, se chegou a um acordo de não agressão. Nada podia evitar nem atrasar o conflito."

Testemunho número 5

De Edouard Daladier, ministro da Defesa do governo francês de 1936 ao mês de maio de 1940, e também presidente do governo em 1938. Em 1939, depois da assinatura do pacto entre Hitler e Stalin (Pacto germano-soviético), decidiu entrar em guerra contra a Alemanha. Foi obrigado a renunciar ao ser preso pelo governo pró-nazista francês presidido pelo general Pétain e, dois anos depois, foi entregue aos alemães.

"Desde maio, a URSS sustentava duas negociações para estabelecer uma aliança: uma com a França e outra com a Alemanha. A aliança com a França era para defender a Polônia do previsível expansionismo alemão; a aliança com a Alemanha era para repartir a Polônia entre ambos os Estados. A URSS parecia preferir repartir a Polônia a defender-se a si própria. Esta foi a causa imediata da Segunda Guerra Mundial."

Testemunho número 6

De Charles de Gaulle, general francês que se rebelou contra o governo de seu país, presidido por Pétain, que colaborava com Hitler. Destacou-se por sua luta contra a invasão alemã à França, mesmo que sua força militar fosse quase inexistente. Depois da guerra foi presidente da República. Os testemunhos foram extraídos de suas memórias, publicadas em 1955.

"Era evidente que o fim da Primeira Guerra não havia assegurado a Paz. A Alemanha retornava com suas ambições à medida que recobrava forças e, enquanto isso, era só a França quem tinha que conter o Reich. Os EUA viravam as costas ao perigo que ia caindo por sobre a Europa."
"Em outubro de 1933, o Führer rompia com a Liga das Nações, e arrogava para si a liberdade de ação em matéria de armamento. Os anos 1933 a 1935 colocaram em prática, na Alemanha, um imenso esforço de fabricação de armas e de recrutamento de soldados. O regime nazista alardeava querer romper o Tratado de Paz de Versalhes e conquistar seu espaço vital. Ainda que essas medidas constituíssem outras tantas violações dos tratados, o mundo livre se contentava em protestar ante a Liga das Nações. Era insuportável ver o inimigo preparar-se para a guerra enquanto a França se debilitava."

2- Guia de trabalho

Análise dos testemunhos
Causas da guerra, segundo Ribbentrop: como o ministro de Relações Exteriores nazista valoriza a responsabilidade da Inglaterra no início do conflito?
Como Hitler analisa o tema da Polônia? Ele entra em contradição com Ribbentrop? Segundo os testemunhos, como Hitler via a possibilidade de uma guerra mundial?
Comparar a visão que se dá do pacto de Hitler e Stálin (Pacto germano-soviético) entre os nazistas e os fascistas italianos.
Como Ciano analisa a atitude alemã, ante a possibilidade de uma guerra?
Segundo Churchill, quais foram as causas principais da militarização da Alemanha? Ela coincide com alguma apontada por Ribbentrop?
Quais são as causas da guerra, segundo Daladier e De Gaulle?
São as mesmas que aponta Churchill?

Interpretação
1- Depois de analisar os testemunhos, escreva um relatório em que constem as contradições entre as distintas visões.
2- Com a ajuda de informações extraídas de outras fontes, tente estabelecer uma opinião sobre as causas imediatas que provocaram a guerra mais sangrenta de todos os tempos.


Adaptado de "Oficinas de História"


acjmar09
Revolução Industrial, Capitalismo e Grandes Guerras

I. Introdução

1. O que é capitalismo ?
2. Relações entre capitalismo e rev. industrial
3. Condições para o desenvolvimento do capitalismo:
- mão-de-obra barata (desemprego estrutural)
- mercado consumidor
- fluxo de comércio
- matérias-primas
- investimento $ = capital
4. Capitalismo e Imperialismo
- sobra de K
- transferência de indústrias = mão-de-obra + barata
- mercado consumidor



II. Imperialismo e I Guerra

1. Contexto
- 2 blocos: Estados industrializados x agrícolas
- consolidação da soc. industrial: aumentou diferença ricos e pobres; superpopulação das cidades;
- ascensão EUA e Japão
- formação Alemanha e Itália: capitalismo retardado e rapidíssimo
- busca Estados europeus por expansão Ásia/África
2. Pós I Guerra
- EUA como destaque econômico
- Rússia comunista
- Império Otomano dissolvido
- Influência Inglat, França e Eua sobre Ásia/África
- expansionismo Japão
3. Itália e Alemanha
- Estados nacionais tardios
- industrialização tardia
- crise econômica
- revanchismo alemão – nazismo


III. Crise de 1929
expansão do capitalismo nos EUA - grande produção industrial e gde consumo
expansão do desemprego
lançamento de ações sem valor real

IV. Segunda Guerra
- Tratado de Versalles
- Rearmamento da Alemanha
- Grave crise econômica - desemprego
- Nazismo - revanchismo


V. Guerra Fria – (1945 a 1989 – queda Muro Berlin)
1. Conceito
2. Manifestações

VI. Descolonização Ásia e África
apoios EUA e URSS no contexto da Guerra Fria


DATAS

I Guerra (1914-1918)
28.7.1914- assassinato irmão imperador austríaco por um nacionalista sérvio
Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia.
Rússia apóia Sérvia
3.8.1914- Alemanha declara guerra à França
3-4.8.1914- Alemanha começa invadir França pela Bélgica
4.8.1914- Inglaterra solidariza-se com França
19.8.1914- Alemanha declara guerra à Rússia
2.4.1917-EUA entram na Guerra

II Guerra (Itália, Japão e Alemanha – Eixo – x Inglaterra, França e EUA e URSS – Aliados)
1938 – Alemanha anexa Áustria e Sudestos (atual Rep.Tcheca)
1.4.1939 - “ invade Polônia
4.1940- Alemanha bombardeia Dinamarca, Noruega e Países Baixos
3.4..1939- França e Inglaterra declaram guerra à Alemanha
5.1940- Alemanha inicia guerra contra França
10.6.1940 - Itália declara guerra à França
1945 (abril) – URSS invade Berlim e Hitler suicida-se
4.1941- Alemanha ocupa Iugoslávia
4.1940 - Alemanha e Itália iniciam invasão Norte África
22.6.1941- Alemanha ataca URSS
7.12.1941- Japão ataca Pearl Harbour
9.12.1941- Alemanha e Itália declaram guerra ao EUA

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Exercícios

I e II Guerras Mundiais-
Painel- pg. 188-203

1. Por que o nome Belle Époque só deve ser usada em relação a uma parte pequena da população européia ?
2. Conceitue imperialismo.
3. Descreva sucintamente a situação dos países europeus, asiáticos e africanos no período entre-guerras.
4. Qual a importância do Tratado de Versalles na deflagração da II Guerra Mundial.
5. Conceitue Nazismo e explique suas principais características.
6. Descreva resumidamente a II Guerra Mundial, destacando a importância da Alemanha, dos EUA e da URSS.
7. O que foi a Guerra Fria ?
8. Por que a queda do Muro de Berlin foi o símbolo do final da GFria ?
9. Sobre a descolonização afro-asiática explique:
a. compare a colonização das Américas nos séc.s XVI e XVII com a "colonização" afro-asiática no séc. XIX.
b. conceitue descolonização afro-asiática
c. relacione descolonização afro-asiática e Guerra Fria.