domingo, 22 de novembro de 2009

A Revolução Russa




(baseado em A revolução Russa, Daniel A. R. Filho, col. Tudo é História)

I. Antes da revolução- Rússia dos czares
- sociedade agrária: pequenos lotes, baixos rendimentos, analfabetismo, doenças, má nutrição.
- múltiplas nacionalidades - 57% pop são não russos
- capitalismo em desenvolvimento, mas a produção é predominantemente pré-capitalista.
- proletariado: proibição de greve e de sindicatos.
- Estado autocrático (absolutista)- sem eleições, sem oposição.
- Penetração das idéias marxistas: POSDR (bolche - maioria e menche, minoria) (divisão que acontece em 1903)

II. Revolta de 1905

- Guerra contra Japão (fev. 1904)
- Domingo sangrento: mais de mil mortos numa manifestação por melhores condições de vida.
- Criação dos sovietes (Petrogrado, Moscou)

III. I Guerra e Revolução de Fevereiro
- A Rússia enfrenta enormes perdas de soldados, desabastecimento, produção insuficiente, crises de fome.

- Fevereiro de 1917: greves, manifestações contra o governo, adesão dos soldados.

- Soviete x Duma (governo provisório, com Kerensky presidente a partir de julho)

IV. Outubro 1917 - Insurreição de Petrogrado. Os bolcheviques assumem o controle do poder, inclusive dos sovietes.

V. Guerra Civil (1918/1921)- turcos, alemães, ingleses, franceses, japoneses, russos.
- comunismo de guerra
- esvaziamento dos sovietes
- partido único: Comunista (bolchevique)

VI. URSS (1922)
- partido único
- nacionalização das indústrias
- estatização da agricultura e das terras

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Revolução Russa

A Revolução compreendeu duas fases distintas. A Revolução de Fevereiro de 1917 (março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do czar Nicolau II da Rússia e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal. E a Revolução de Outubro (nov.de 1917), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.

Até 1917, o Império Russo foi uma monarquia absolutista. A monarquia era sustentada principalmente pela nobreza rural, dona da maioria das terras cultiváveis. Das famílias dessa nobreza saíam os oficiais do exército e os principais dirigentes da Igreja Ortodoxa Russa.

Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha a maior população da Europa, com cerca de 171 milhões de habitantes (1914). Defrontava-se também com o maior problema social do continente: a extrema pobreza da população em geral. Enquanto isso, as ideologias liberais e socialistas penetravam no país, desenvolvendo uma consciência de revolta contra os nobres.

A população do Império Russo era formada por povos de diversas etnias, línguas e tradições culturais. Cerca de 80% vivia na zona rural e 90% não sabia ler e escrever, sendo duramente explorada pela nobreza rural. Com a industrialização foi-se estabelecendo progressivamente uma classe operária, igualmente explorada. A situação de extrema pobreza e exploração em que vivia a população tornou-se assim um campo fértil para o florescimento de idéias socialistas.

Governo de Nicolau II

Nicolau II procurou facilitar a entrada de capitais estrangeiros para promover a industrialização do país. O desenvolvimento capitalista russo foi ativado por medidas como o início da exportação do petróleo, a implantação de estradas de ferro e da indústria siderúrgica.

Os investimentos industriais foram concentrados em centros urbanos populosos, como Moscou, São Petersburgo, Odessa e Kiev. Nessas cidades, formou-se um operariado de aproximadamente 3 milhões de pessoas que recebiam salários miseráveis e eram submetidas a jornadas de 12 a 16 horas diárias de trabalho, não recebiam alimentação e trabalhavam em locais imundos, sujeitos a doenças.

Com o desenvolvimento da industrialização e o maior relacionamento com a Europa Ocidental, a Rússia recebeu do exterior novas correntes políticas que se chocavam com o antiquado absolutismo do governo russo. Entre elas destacou-se a corrente inspirada no marxismo, que deu origem ao Partido Operário Social-Democrata Russo.

O POSDR foi violentamente combatido pela Okhrana (polícia secreta). Embora tenha sido desarticulado dentro da Rússia em 1898, voltou a organizar-se no exterior, tendo como líderes principais Plekhanov, Vladimir Ilyich Ulyanov (conhecido como Lênin) e Lev Bronstein (conhecido como Trotski).


Mencheviques e bolcheviques

Em 1903, divergências quanto à forma de ação levaram os membros do partido POSDR a se dividir em dois grupos:

* os mencheviques: defendiam que os trabalhadores podiam conquistar o poder participando normalmente das atividades políticas. Acreditavam, ainda, que era preciso esperar o pleno desenvolvimento capitalista da Rússia e o desabrochar das suas contradições para se dar início efetivo à ação revolucionária. Como esses membros tiveram menos votos em relação ao outro grupo, ficaram conhecidos como mencheviques, que significa minoria.

* os bolcheviques: liderados por Lênin, defendiam que os trabalhadores somente chegariam ao poder pela luta revolucionária. Pregavam a formação de uma ditadura do proletariado, na qual também estivesse representada a classe camponesa. Como esse grupo obteve mais adeptos, ficou conhecido como bolchevique, que significa maioria.

A Revolta de 1905

Em 1904 a Rússia, que desejava expandir-se para o oriente, entrou em guerra contra o Japão devido à posse da Manchúria, mas foi derrotada. A situação socioeconômica do país agravou-se e o regime político do czar Nicolau II foi abalado por uma série de revoltas, em 1905, envolvendo operários, camponeses, marinheiros (como a revolta no navio couraçado Potemkin) e soldados do exército. Greves e protestos contra o regime absolutista do czar explodiram em diversas regiões da Rússia. Em São Petersburgo, foi criado um soviete (conselho operário) para auxiliar na coordenação das várias greves e servir de palco de debate político.

Diante do crescente clima de revolta, o czar Nicolau II prometeu realizar, pelo Manifesto de Outubro, grandes reformas no país: estabeleceria um governo constitucional, dando fim ao absolutismo, e convocaria eleições gerais para o parlamento (a Duma), que elaboraria uma constituição para a Rússia.

Terminada a guerra contra o Japão, o governo russo mobilizou as suas tropas especiais (cossacos) para reprimir os principais focos de revolta dos trabalhadores. Diversos líderes revolucionários foram presos e desmantelando-se o Soviete de São Petersburgo. Assumindo o comando da situação, Nicolau II deixou de lado as promessas liberais que tinha feito no Manifesto de Outubro. Apenas a Duma continuou funcionando, mas com poderes limitados e sob intimidação policial das forças do governo.

A queda do Czar e o processo revolucionário

Mesmo abatida pelos reflexos da derrota militar frente ao Japão, a Rússia envolveu-se noutro grande conflito, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que também sofreu pesadas derrotas nos combates contra os alemães. A longa duração da guerra provocou crise de abastecimento alimentar nas cidades, desencadeando uma série de greves e revoltas populares. Incapaz de conter a onda de insatisfações, o regime czarista mostrava-se intensamente debilitado.

Numa das greves em Petrogrado (hoje São Petersburgo, então capital do país), Nicolau II toma a última das suas muitas decisões desastrosas: ordena aos militares que disparem sobre a multidão e contenham a revolta. Partes do exército, sobretudo os soldados, apóiam a revolta. A violência e a confusão nas ruas tornam-se incontroláveis. Segundo o jornalista francês Claude Anet, morreram em São Petersburgo cerca de 1500 pessoas e cerca de 6000 ficaram feridas.

Em 15 de março de 1917, o conjunto de forças políticas de oposição (liberais burguesas e socialistas) depuseram o czar Nicolau II, dando início à Revolução Russa. O czar foi posteriormente assassinado junto com sua família.


Revolução de Fevereiro ou Revolução Branca (março-novembro de 1917).

Em fevereiro um mar de soldados e trabalhadores com trapos vermelhos em suas roupas invadiu o Palácio Tauride, onde a Duma se reunia. Durante a tarde, formaram-se dois comitês provisórios em salões diferentes do palácio. Um, por deputados moderados da Duma, tornar-se-ia o Governo Provisório. O outro era o Soviete de Petrogrado, formado por trabalhadores, soldados e militantes socialistas de várias correntes.

Em 2 de março, cercado por amotinados, Nicolau II assinou sua abdicação.

Após a derrubada do czar, instalou-se o Governo Provisório, comandado pelo príncipe Georgy Lvov, um latifundiário, e tendo Aleksandr Kerenski como ministro da guerra. Era um governo de caráter liberal burguês, intensamente interessado em manter a participação russa na Primeira Guerra Mundial. Enquanto isso, o soviete de Petrogrado reivindicava para si a legitimidade para governar ordenando, por exemplo, ao exército que lhe obedecesse, em vez de obedecer ao Governo Provisório. O soviete queria dar terra aos camponeses, um exército com disciplina voluntária e oficiais eleitos democraticamente e o fim da guerra, objetivos muito mais populares do que os almejados pelo Governo Provisório.

Lênin regressa à Rússia em abril, pregando a formação de uma república dos sovietes, bem como a nacionalização dos bancos e da propriedade privada. O seu principal lema era: todo o poder aos sovietes.

Entretanto, o processo de desintegração do Estado russo continuava. A comida era escassa, a inflação bateu a casa dos 1.000 %, as tropas desertavam matando seus oficiais, propriedades da nobreza latifundiária eram saqueadas e queimadas. Nas cidades, conselhos operários foram criados na maioria das empresas e fábricas. A Rússia ainda continuava na guerra.


Revolução de Outubro ou Revolução Vermelha (Nov.de 1917)


Na madrugada do dia 25 de outubro os bolcheviques, liderados por Lênin, Zinoviev e Radek, com a ajuda de elementos anarquistas e socialistas revolucionários, cercaram a capital, onde estavam sediados o Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado. Muitos foram presos, mas Kerenski conseguiu fugir. À tarde, numa sessão extraordinária, o soviete de Petrogrado delegou o poder governamental ao Conselho dos Comissários do Povo, dominado pelos bolcheviques. O Comitê Executivo do mesmo soviete de Petrogrado rejeitou a decisão dessa assembléia e convocou os sovietes e o exército a defender a Revolução contra o golpe bolchevique. Entretanto, os bolcheviques predominaram na maior parte das províncias de etnia russa. O mesmo não se deu em outras regiões, tais como a Finlândia, a Polônia e a Ucrânia.

Em 3 de novembro foi publicado o decreto do Controle Operário que instituía a autogestão em todas as empresas com 5 ou mais empregados. Isto acelerou a tomada do controle de todas as esferas da economia por parte dos conselhos operários e provocou um caos generalizado, ao mesmo tempo que acelerou ainda mais a fuga dos proprietários para o exterior. Entretanto, este decreto levou a classe trabalhadora a apoiar o recém-criado e ainda fraco regime bolchevique, o que possivelmente teria sido o seu principal objetivo. Durante os meses que se seguiram o governo bolchevique procurou então submeter os vários conselhos operários ao controle estatal, por meio da criação de um Conselho Pan-Russo de Gestão Operária. Os anarquistas se opuseram a isto, mas foram voto vencido.

Era consenso entre todos os partidos políticos de que seria necessária a criação de uma assembléia constituinte e que apenas esta teria autoridade para decidir sobre a forma de governo que surgiria após o fim do absolutismo. As eleições para essa assembléia ocorreram em 12 de nov. de 1917, como planejado pelo Governo Provisório. Os socialistas revolucionários receberam duas vezes mais votos do que os bolcheviques e os partidos restantes receberam poucos votos. Em 26 de dezembro, Lênin defendeu os sovietes como uma forma de democracia superior à assembléia constituinte. Até mesmo os membros do partido bolchevique compreenderam que preparava-se o fechamento da assembléia constituinte, e a maioria deles foi contra isto, mas o Comitê Central do partido ordenou-lhes que acatassem a decisão de Lênin.
Na manhã de 5 de janeiro de 1918 uma imensa manifestação pacífica a favor da assembléia constituinte foi dissolvida a bala por tropas leais ao governo bolchevique. A assembléia constituinte, que se reuniu pela primeira vez naquela tarde, foi dissolvida na madrugada do dia seguinte. Pouco a pouco tornou-se claro que os bolcheviques pretendiam criar uma ditadura. Isto levou os outros partidos a atuarem na ilegalidade, sendo que alguns deles passariam à resistência armada ao governo.

Durante este período, o governo bolchevique tomou uma série de medidas de impacto, como:

- pedido de paz imediata: em março de 1918, foi assinado, com a Alemanha, o Tratado de Brest-Litovski,onde a Rússia abriu mão do controle sobre a Finlândia, Países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), Polônia, Bielorússia e Ucrânia, bem como de alguns distritos turcos e georgianos antes sob seu domínio.
- confisco de propriedades privadas: grandes propriedades foram tomadas dos aristocratas e da Igreja Ortodoxa, para serem distribuídas entre o povo.
- Declaração do direito nacional dos povos: o novo governo comprometeu-se a acabar com a dominação exercida pelo governo russo sobre regiões tais como a Finlândia, a Geórgia ou a Armênia.
- Estatização da economia: o novo governo passou a intervir diretamente na vida econômica, nacionalizando diversas empresas.

Guerra civil

Durante o curto período em que os territórios cedidos no Tratado de Brest-Litovski estiveram em poder do exército alemão, as várias forças antibolcheviques puderam organizar-se e armar-se. Com a derrota da Alemanha em 1919, esses territórios tornaram-se novamente alvo de disputa, bem como bases das quais partiriam forças que pretendiam derrubar o governo bolchevique.

Ao mesmo tempo, Trotsky se ocupou em organizar o novo Exército Vermelho. Com a ajuda deste, os bolcheviques mostraram-se preparados para resistir aos ataques do também recém formado Exército polonês, dos Exércitos Brancos de Denikin, Kolchak, Yudenich e Wrangel, e também para suprimir o Exército Insurgente de Makhno e a Revolta de Kronstadt, ambos de forte inspiração anarquista. No início de 1921, encerrava-se a guerra civil, com a vitória do Exército Vermelho. O Partido Bolchevique, que desde 1918 havia alterado sua denominação para Partido Comunista, consolidava a sua posição no governo.


Criação da União Soviética

Terminada a guerra civil, a Rússia estava completamente arrasada, com graves problemas para recuperar sua produção agrícola e industrial. Visando promover a reconstrução do país, Lênin criou, em fevereiro de 1921, a Comissão Estatal de Planificação Econômica ou GOSPLAN, encarregada da coordenação geral da economia do país. Pouco tempo depois, em março de 1921, adaptou-se um conjunto de medidas conhecidas como Nova Política Econômica ou NEP. Entre as medidas tomadas pela NEP destacam-se: liberdade de comércio interno, liberdade de salário aos trabalhadores, autorização para o funcionamento de empresas particulares e permissão de entrada de capital estrangeiro para a reconstrução do país. O Estado russo continuou, no entanto, exercendo controle sobre setores considerados vitais para a economia: o comércio exterior, o sistema bancário e as grandes indústrias de base.

O Governo Operário na União Soviética

Desde 1918, após uma tentativa de assassinato de Lênin no mês de agosto com a participação de membros do partido Socialista Revolucionário, os comunistas tinham proibido os outros partidos políticos. Em abril de 1922, Stálin foi nomeado secretário-geral do Partido, encarregando-se de combater as facções de oposição no interior do partido e de garantir os postos importantes da administração estatal para pessoas da inteira confiança do regime, o que foi por ele utilizado para impor à administração interna a hegemonia do seu grupo pessoal.

Em dezembro de 1922 foi organizado um congresso geral de todos os sovietes, ocorrendo a fundação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O governo da União, cujo órgão máximo era o Soviete Supremo (Legislativo), passou a ser integrado por representantes das diversas repúblicas.

Competia ao Soviete Supremo eleger um comitê executivo (Presidium), dirigido por um presidente a quem se reservava a função de chefe de estado. Competiam ao governo da União as grandes tarefas relativas ao comércio exterior, política internacional, planificação da economia e defesa nacional.

Paralelamente a essa estrutura formal, estava o Partido Comunista, que controlava, efetivamente, o poder da URSS. Sua função era controlar os órgãos estatais, estimulando sua atividade e verificando sua lealdade e manter os dirigentes em contato permanente com as massas. Também assegurava à população a difusão das ideologias vindas da alta cúpula.

A ascensão de Stálin

Lênin, o fundador do primeiro Estado socialista, morreu em janeiro de 1924. Teve início, então, uma grande luta interna pela disputa do poder soviético. Num primeiro momento, entre os principais envolvidos nesta disputa pelo poder figuravam Trotski e Stálin.

Trotski defendia a tese da revolução permanente, segundo a qual o socialismo somente seria possível se fosse construído à escala internacional. Ou seja, a revolução socialista deveria ser levada à Europa e ao mundo.

Opondo-se à tese trotskista, Stálin defendia a construção do socialismo num só país. Pregava que os esforços por uma revolução permanente comprometeriam a consolidação interna do socialismo na União Soviética.

A tese de Stálin tornou-se vitoriosa. Foi aceita e aclamada no XIV Congresso do Partido Comunista.

Trotski foi destituído das suas funções como comissário de guerra, expulso do Partido e, em 1929, deportado da União Soviética. Tempos depois, em 1940, foi assassinado no México, a mando de Stálin, por um agente de segurança soviético, que desferiu no antigo líder do Exército Vermelho golpes de picareta na cabeça.

O governo de Stálin

A partir de dezembro de 1929, Stálin converteu-se no ditador absoluto da União Soviética. O método que utilizou para a total conquista do poder político teve como base a sua habilidade no controle da máquina burocrática do partido e do Estado, bem como a montagem de um implacável sistema de repressão política de todos os opositores. Desse modo, Stálin conseguiu eliminar do Partido, do Exército e dos principais órgãos do Estado todos os antigos dirigentes revolucionários, muitos dos quais tinham sido grandes companheiros de Lênin, como Zinoviev, Bukharin, Kamenev, Rikov, Muralov entre outros.

Depois de presos e torturados, os opositores de Stálin eram forçados a confessar crimes de espionagem que não haviam praticado. E, assim, conhecidos patriotas eram executados como traidores da pátria. Era a farsa jurídica que caracterizou as depurações ou expurgos.

Durante o período Stálinista (1924-1953) calcula-se que o terror político soviético foi responsável pela prisão de mais de cinco milhões de cidadãos e pela morte de mais de 500 mil pessoas.

Houve êxito na reconstrução do país e na elevação do nível econômico e cultural da população soviética tornando a URSS, juntamente com os Estados Unidos da América, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) uma das superpotências mundiais.

Com a vitória dos aliados sobre o eixo nazi-fascista formado por Alemanha, Japão e Itália, a União Soviética, o principal oponente da Alemanha na Europa passou a dispor de enorme prestígio internacional, mas teve enormes perdas humanas e materiais. O governo de Stálin terminou com sua morte no ano de 1953.

* Duma é o nome dado à Assembléia Nacional da Rússia, criada em 1906 pelo czar Nicolau II.

(adap. de http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Russa_de_1917)

Responder.
1) DIFERENCIE as duas fases da Revolução Russa
2) CARACTERIZE a Rússia na época da Revolução.
3) DIFERENCIE os dois principais grupos do PSOR.
4) EXPLIQUE as modificações que o governo de Nicolau II provocou na Rússia ?
5) DESCREVA a Revolta de 1905
6) RELACIONE a Revolução Russa à I Guerra Mundial.
7) COMPARE a Revolução Branca com a Revolução Vermelha.
8) EXPLIQUE as medidas tomadas pelos bolcheviques durante a Rev. Vermelha.
9) DESCREVA o governo operário na URSS.
10) EXPLIQUE a ascensão de Stálin ?
11) CARACTERIZE o governo de Stálin do ponto de vista econômico e político

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Amanhã tem prova !!!!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A cara e a coroa - herança dos militares tem altos e baixos

A ditadura parece uma página virada da história brasileira. Mas não é. O regime militar provocou mudanças que ainda hoje fazem toda diferença na nossa vida.
É difícil apontar uma área da vida brasileira que não tenha sofrido influência dos governos militares. Mas em alguns setores as pegadas do período estão mais claras como dívida externa, política de terras e distribuição de renda.
Todo balanço da ditadura acaba sendo negativo - afinal, foram anos de repressão e violência em que a vontade dos governados contou menos que a dos governantes. Mas já é possível admitir a existência de ações positivas em algumas frentes.

Dívida e crescimento

Durante o regime militar a economia brasileira saiu da posição de 50ª lugar para figurar entre as dez mais ricas do mundo. Durante o milagre econômico (1968-73) a produção industrial crescia com rapidez e o número de empregos ia às alturas. Depois veio a desaceleração, em que o PIB cresceu "só" 7,1% ao ano, uma taxa altíssima para os dias de hoje. Mas por trás das boas notícias crescia uma dívida externa que, na década de 1980, tornar-se-ia impagável.
Pela lógica dos militares - e dos civis que compunham o governo - a única maneira de crescer era endividando-se em dólares. Mas em poucos anos a conta negativa explodiu. Em 1970 a dívida era de 5,3 bilhões de dólares e dez anos depois já era de 53,8 bilhões.
Mas não seria possível pensar e agir de outra forma ? Desde que não houvesse pressa nem megalomania, sim. O problema é que a busca de legitimidade dos governos militares fez com eles buscassem o crescimento econômico a qualquer custo: quem apoiaria uma ditadura que não produzisse crescimento ?

País rico, povo pobre

Em 1985, os 20% mais ricos ficavam com quase 70% da riqueza do país, enquanto antes de 1964 recebiam 55%. Antes da ditadura, quem recebia salário mínimo precisava trabalhar pouco mais de 98 horas para comprar sua cesta básica. Em 1983 eram necessárias mais de 172 horas.
Mas para Jarbas Passarinho, o crescimento econômico não pode ser desprezado. Em 1975 ele declarou: o Paraguai tem um salário mínimo maior do que o nosso. É mais rico por isso ?

Obras faraônicas

Para quadruplicar o PIB brasileiro, os governos militares tiveram de investir pesado em construção civil e produção energética. A palavra de ordem era: integrar o país e torná-lo autônomo em abastecimento de energia. Na prática, os militares optaram por empregar milhões de dólares em projetos faraônicos, a exemplo da usina hidrelétrica de Itaipu, o programa nuclear de Angra dos Reis, a ponte Rio-Niterói e a rodovia Transamazônica.
Em alguns pontos, a estratégia deu certo. Apenas na década de 1970, o Brasil aumentou sua produção de energia elétrica em 212%. Em outros, o resultado foi lamentável: os investimentos nucleares resultaram em duas usinas que até hoje têm pouca serventia e a Transamazônica parece um lamaçal ligando o nada a lugar nenhum.

Carros e empregos

É verdade que a paixão pelas quatro rodas explodiu no Brasil com Juscelino Kubitschek (1955-1960), mas a ditadura foi fundamental para que a indústria automobilística se consagrasse no país como o mais importante setor. A produção de carros e caminhões, que em 1964 não ultrapassava a casa das 200 mil unidades, chegou em 1980 à invejável marca de 1 milhão e 165 mil veículos produzidos. O Brasil se gabava de ter o oitavo parque industrial do ramo no mundo.
Em relação à oferta de emprego, as vantagens foram sensíveis: em 1983, quase 10 milhões de pessoas estavam engajadas nas atividades direta e indiretamente relacionadas à indústria dos automóveis - como produção de parafusos, usinagem de peças e fabricação de estofamentos. Em três décadas, o Brasil passou de importador a exportador de automóveis.

Álcool no tanque

Em 1973, os militares criaram o Programa Nacional do Álcool (Proálcool). Quando conflitos no Oriente Médio fizeram o preço do produto disparar, o país importava 80% do combustível que consumia. Em pouco tempo, o Brasil começaria a produzir carros movidos a energia vegetal. "É uma tecnologia genuinamente brasileira", diz Marcos Fava Neves, professor de Economia da Universidade de São Paulo (USP): "o Brasil foi o pioneiro na produção de automóveis a álcool em larga escala no mundo."
Dez anos depois do início do programa, os carros a álcool representavam 90% do mercado e poupavam ao país o consumo de 120 mil barris de petróleo por dia. Seu desempenho aos poucos alcançou o dos motores a gasolina. Hoje, os efeitos do Proálcool se fazem sentir. O país produz aproximadamente 400 milhões de toneladas de cana anuais. Até 1994, essa produção não passava de 240 milhões. "Pensando no papel dos militares e no agronegócio, o Proálcool foi a melhor coisa que fizeram", afirma Fava Neves.

Terra para poucos

A política de terras da ditadura teve impacto negativo no que se refere ao assentamento de camponeses. Ao tomarem o poder, os militares fizeram de tudo para jogar água fria nos debates sobre a reforma agrária, em alta com as promessas do presidente João Goulart. Ao longo dos anos 70, a política do governo foi tentar distribuir o excedente de mão-de-obra rural ao longo das rodovias Transamazônica, Cuiabá-Santarém e Cuiabá-Porto Velho, criando novas fronteiras agrícolas. Ou seja, levar gente do Sul, Sudeste e Nordeste para o Norte.
Na década de 80, ficou claro o fracasso dessa política. As distâncias quase continentais entre as regiões de produção e o grande mercado consumidor próximo ao litoral implicaram custos elevados de transporte, que inviabilizaram os projetos.
Enquanto isso, o governo procurou fortalecer as produções de grande capital e de exportação no Sul. O governo optou por apoiar a expansão da agricultura para exportação, como a da soja e levar os camponeses mais frágeis, que ficariam sem trabalho para o Norte pelo sistema de colonização. Quando o programa se desmantelou, os sem-terra se articularam para lutar pela reforma agrária.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra nasce da contradição dessa política do governo pois foi expulso do Sul e Sudeste um batalhão de trabalhadores que, depois de falir no Norte e no Nordeste, retornou à área de origem e passou a lutar por terras.

Um executivo espaçoso

Durante o regime militar, foi o poder Executivo quem ditou as regras do jogo. Em 21 anos de ditadura, baixou 17 Atos Institucionais e mais de 2 mil decretos-leis. Eram leis que surgiam da vontade do presidente, trancavam os trabalhos do Congresso até serem votadas ou eram simplesmente aprovadas porque tinha vencido o prazo para que fossem discutidas. A força do Executivo esmagava os outros poderes essenciais ao funcionamento da democracia: o Judiciário e o Legislativo.
Depois do fim da ditadura, os decretos-leis chegaram a ser tratados pela oposição como "entulhos" do autoritarismo. Mesmo assim, acabaram sendo reintroduzidos, com leves modificações, na Constituição de 1988 - agora com o nome de Medida Provisória.
O problema é que ela acabou sendo mal regulamentada e hoje é usada para qualquer finalidade. Devem existir leis de emergência, como o decreto-lei e a Medida Provisória, mas elas têm de realmente apresentar caráter de necessidade e urgência para a sociedade.
Mas os presidentes que vieram depois da ditadura usaram e abusaram das Medidas Provisórias. Até 2005, a média de MPs foi superior a cinco por mês. E, com freqüência, elas tratam de assuntos secundários ou sem urgência, como reajustes salariais de servidores públicos.

Canudos privatizados

Preocupados em fornecer especialistas para a industrialização, os governos militares inauguraram o sistema de pós-graduação em 1969, não tardando para formarem o primeiro pelotão de acadêmicos. Em 1970 e 1971, 2683 alunos concluíam o mestrado e apenas 87 terminavam o doutoramento; dez anos depois, 20744 mestres e 1 697 doutores saíam das universidades. A implantação e consolidação da pós-graduação teve um impacto importante no desenvolvimento da pesquisa em nosso país.
Ao longo dos anos, no entanto, a ditadura significou o sucateamento das universidades públicas. Haveria três razões para isso. A primeira é a própria dívida externa, que reduziu drasticamente a capacidade de investimento do governo, afetando o financiamento das universidades públicas. Segundo, alterações constitucionais do regime desobrigaram a União a destinar anualmente o mínimo de 10% dos impostos para a educação, como previa a Constituição de 1946. Assim, os recursos federais foram caindo, até que, num dos anos do governo Geisel, o orçamento do MEC ficou reduzido a apenas 4,6% do orçamento federal.
O terceiro motivo para o sucateamento decorreria da política educacional global, que estimulou a criação de instituições privadas. Na prática, houve privatização do ensino superior.

Fonte: Ditadura no Brasil- Número especial de Aventuras na História, Abril Cultural (adaptado)

Responda.
1. O que quer dizer a frase: "a busca de legitimidade dos governos militares fez com eles buscassem o crescimento econômico a qualquer custo"
2. Qual a importância do Pró-álcool ?
3. Quais as vantagens e desvantagens das obras construídas durante a ditadura ?
4. Explique a política de terras dos governos militares.
5. Segundo o texto, porque o MST origina-se da política de terras dos governos militares ?
6. Por que as medidas provisórias são um problema ?

Pesquise.
1. Como se distribui a renda hoje, no Brasil ? Faça um comparativo com outros países.
2. Qual país mais exporta automóveis hoje ? E importa ?
3. Que problemas a plantação de cana para produção de álcool provoca hoje ?
4. Como se dá a distribuição de terras hoje no Brasil ? Faça um comparativo com outros países.
5. Qual a porcentagem de universitários estuda em universidades públicas hoje ? E em universidades privadas ?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

TEMAS PARA TRABALHOS

PARA TODOS: RELACIONAR OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DO PERÍODO.


O golpe de 64
- a situação política de João Goulart
- as reformas de base
- os interesses políticos e econômicos envolvidos no golpe
- a direita na trama do golpe
- a esquerda e os apoios a João Goulart
- a participação dos EUA

- O AI 5 e os anos de chumbo
- o que foi o AI 5
- os outros AI importantes
- um golpe dentro do golpe
- a censura às manifestações culturais
- exílios e cassações
- prisões, torturas, perseguições

- A luta contra a ditadura: oposições e resistências
- formas de resistência à ditadura
- a situação dos políticos de oposição
- a resistência da sociedade
- a guerrilha urbana: o que foi, quem apoiava, quais os resultados obtidos.
- a guerrilha rural: o que foi, quem apoiava, quais os resultados obtidos.


O "milagre" econômico: para quem ?
- o que foi
- características econômicas do período: quais setores da economia mais cresceram, como cresceram etc.
- como as condições externas beneficiaram o país
- como o "milagre" foi usado politicamente pela ditadura
- os resultados do "milagre": quem mais se beneficiou, a concentração de renda
- causas do fim do "milagre"
- conseqüências políticas do fim do "milagre"

A abertura política
- o que foi
- importância dos movimentos sociais
- a campanha pela abertura
- a abertura e o fim do "milagre" econômico
- abertura e fim da ditadura

Tancredo e Sarney: o primeiro governo civil
- a campanha das Diretas
- a mobilização da sociedade
- a emenda à constituição e a votação no Congresso
- a eleição indireta
- o primeiro governo civil desde 1964
- o governo de José Sarney

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Golpe de 64 e a Ditadura Militar-1964-1989

O Golpe de 64 e a Ditadura Militar

I. Introdução

1. Vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=2lZAt-5_Z84&feature=fvw
Panorama geral

http://www.youtube.com/watch?v=fAx50-XBFss&feature=fvw
Imagens diversas

http://www.youtube.com/watch?v=F2Gs_ZrU-bY&feature=related
Discurso de Márcio Moreira Alves (reconst)

http://www.youtube.com/watch?v=KjM48ZjevmA&feature=related
Comício de Jango-1964

2. Entrevistas feitas pelos alunos

3. Natureza do Golpe: eminentemente político, mas com interesses sociais, que levam à sua sustentação social.

II. A crise anterior: o período parlamentarista (1961-1962)

Jânio Quadros renuncia (1961). Jango, em viagem à China (comunista) é impedido de assumir o poder. Institui-se com Jango como Chefe de Estado
Em 1963 (jan) um plebiscito volta o presidencialismo

João Goulart -"esquerdista", PTB
Jânio Quadros- apoiado pela UDN

III. Contexto político
1. Guerra Fria- propaganda anti-comunista (URSS, China e Cuba-1959)

2. Grande politização dos movimentos sociais em torno de
- reformas sociais
- nacionalismo

2 maiores partidos
PSD - gdes prop rurais e industriais conservadores
UDN - urbano, golpista, militarista, liberal
+
PTB - sindicalismo
PCB - apoio a Jango (nacional reformista)

todos (exceto PCB) divididos entre nacionalismo radical, apoio a Jango, reformismo

ESQUERDA

Sindicatos - intensa atividade com engajamento na luta partidária
grande número de greves

CGT (Comando Geral dos Trabalhadores) (1962)
- gde força junto às estatais
- muito mais político do que sindicalista
- reformista (nacional-reformista - PCB)
- grande colaborador do governo Goulart

Trabalhadores do campo
Ligas Camponesas, de Francisco Julião.
- reforma agrária radical
Sindicatos leigos - buscavam reforçar a consciência proletária dos trabalhadores
Sindicatos católicos
- apenas reivindicações trabalhistas
- contra reforma agrária
CONTAG - 1963

Militares (de baixa patente)
- melhores salários
- alterações nos regulamentos disciplinares
- contra Constituição q proibia a eleição de militares

Estudantes (UNE)
- reforma universitária
- antiimperialismo
- antilatifúndio


DIREITA

Empresários (IPES-Inst de Pesquisas e Estudos Sociais-1961) - empresários ligados ao capital multinacional)

e IBAD (fim déc. de 50)- Inst. Brasileiro de Ação Democrática)

contaram com dinheiro da CIA

- anticomunismo
- paramilitar (IBAD)
- financiamento de candidatos
- financiamento da mídia
- edição de livros, revistas, panfletos

Igreja - anticomunismo
contra a "desordem"

Militares de Alta patente
contra a "desordem"
anticomunismo


IV. Contexto econômico

- desaceleração do crescimento econômico
- aceleração da inflação
- associação ao capital internacional/multinacional

V. O Golpe
1. Reformas de Base
- controle de remessas para o exterior
- voto para analfabetos
- reforma agrária
- nacionalização das refinarias de petróleo
+ constituinte

2. Problemas de João Goulart
- regulamentação Lei de Remessa de Lucros
- revisão das concessões da indústria mineradora
- denúncias de manobras continuístas de Goulart
- direita unida contra Goulart
- esquerda dividida no apoio a Goulart: continuísmo, não radicalização, excessiva conciliação.

3. Acontecimentos políticos
A gota d'água
Comício da Central do Brasil (13.3.1964) visava demonstrar apoio às Reformas de Base
- anúncio da nacionalização das refinarias particulares de petróleo
- desapropriação de propriedades às margens de ferrovias, rodovias e zonas de irrigação de açudes públicos para a reforma agrária

Marcha da Família com Deus pela Liberdade- (SP, 19/3/1964) - a direita se manifesta

Revolta dos marinheiros - 25/3/1964. Os fuzileiros navais que deveriam prender os manifestantes aderem ao movimento. Depois que fizeram um acordo, os líderes foram presos. Mas Goulart concedeu anistia aos mesmos.

4. Apoio dos EUA

Lincoln Gordon- embaixador americano que conspirou contra Goulart
Operação Brother Sam- visava apoiar os golpistas material, logística e militarmente

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Avaliação oral- 1º semestre-2009

Avaliação oral- 1º semestre-2009

1. O que aconteceu com o Império Russo durante a I Guerra ?
2. O que aconteceu com o Império Otomano após a I Guerra ?
3. O que aconteceu com o Império Alemão após a I Guerra ?
4. O que aconteceu com o Império Austro-húngaro após a I Guerra ?
5. Explique como se dava a relação de vassalagem.
6. Relacione a Corrida Espacial com a Guerra Fria.
7. Relacione a Corrida Armamentista com a Guerra Fria.
8. Relacione as Olimpíadas com a Guerra Fria.
9. O que foi a Guerra Fria ?
10. Por que a Guerra Fria teve esse nome ?
11. O que foi a bipolarização, ocorrida durante a Guerra Fria ?
12. POR QUE a passagem do sistema artesanal para o sistema fabril provocou a perda de saber dos artesãos ?
13. Cite e explique uma modificação provocada pelo sistema fabril na sociedade
14. Cite e explique uma modificação geográfica ou política ocorrida na Europa após a I Guerra.
15. O que foi o Imperialismo ?
16. Quais as diferenças entre Imperialismo e colonialismo ? (s. XVI a XVIII)
17. Qual a importância do Tratado de Versalles na deflagração da II Guerra Mundial ?
18. O que foi o Tratado de Versalles ?
19. Conceitue descolonização afro-asiática
20. Relacione descolonização afro-asiática e Guerra Fria.
21. Qual a importância do Período Napoleônico para a Revolução Francesa ?
22. Explique o que caracteriza a forma republicana de governo.
23. Qual a importância da Revolução Francesa para a França ?
24. Qual a importância da Revolução Francesa para o mundo ?
25. Por que a Revolução Francesa foi uma revolução burguesa ?
26. O que foi o Iluminismo ?
27. Quem foram os girondinos e os jacobinos ?
28. O que é democracia representativa ?
29. Qual o principal conflito político na época da Revolução Francesa ?
30. Qual a importância do princípio da igualdade de todos perante a lei ?
31. Conceitue FEUDO e FEUDALISMO.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Avaliação Revolução Industrial-corrigida

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Centro Pedagógico – Escola Fundamental
Núcleo de Geografia e História - Prof. Adair Carvalhais Júnior
Avaliação-Revolução industrial
Nome_________________________Turma__Data entrega____

1. O período que se estende do final da Segunda Guerra até o início da década de 90 foi marcado pela Guerra Fria. RESPONDA.
a) POR QUE foi utilizada esta denominação para este período ?

Por que não houve conflito armado direto entre a URSS e os EUA, apesar dos inúmeros conflitos armados entre aliados e ambos e de conflitos não armados entre ambos.


b) EXPLIQUE o que foi a bipolarização, uma das características principais deste período.

O período em que o mundo ficou dividido entre estados capitalistas e comunistas, aliados dos EUA e da URSS, respectivamente.

c) CITE um conflito não militar ocorrido neste período e EXPLIQUE sua relação com a Guerra Fria

A corrida espacial, a corrida armamentista e as Olimpíadas representam conflitos em que EUA e URSS buscavam demonstrar a superioridade dos respectivos regimes.


2. COMPARANDO-SE o sistema artesanal/doméstico com o sistema fabril pode-se AFIRMAR que:
a) no sistema fabril a produção é menor, apesar da divisão do trabalho ser mais intensa.
b) no sistema artesanal/doméstico o artesão controla inteiramente a produção.
c) no sistema artesanal/doméstico o artesão dependia do comerciante para vender sua produção.
d) no sistema fabril há utilização crescente de tecnologia, visando o bem estar dos trabalhadores.

Letra b)

3. A passagem do sistema artesanal para o sistema fabril provocou a perda de saber dos artesãos. POR QUE isto aconteceu ?

A divisão do trabalho obrigou os trabalhadores a executarem tarefas muito simples, pequenas partes do produto, ao contrário dos artesãos, que dominavam totalmente a produção de uma mercadoria.



4. O sistema fabril provocou modificações não apenas na maneira de produzir as mercadorias, destruindo o sistema artesanal/doméstico, mas também em toda a sociedade, nos valores, nos costumes, nas crenças.
CITE e EXPLIQUE duas modificações provocadas pelo sistema fabril na sociedade (NÃO relacionadas à maneira de produzir as mercadorias).

Modificação 1

A imposição de horários rígidos pelas fábricas levou a transformações significativas na vida familiar, que passou a se organizar em função do trabalho fora de casa.

Modificação 2

A sociedade passou a ser dividida em operários e patrões.

5. Os mapas abaixo representam momentos importantes do século XX. APONTE duas modificações geográficas e/ou políticas ocorridas entre um momento e outro e EXPLIQUE por que tais modificações ocorreram.

Modificação 1

O Império Russo transformou-se em URSS após a Revolução Comunista de 1917


Modificação 2

O surgimento da Finlândia, a desagregação do Império Austro-Húngaro, o surgimento da Turquia (ex-Império Otomano), dentre outras.










acj/jun09

Revolução Francesa-questões sobre o texto

1. Explique o que caracteriza a forma republicana de governo ?
2. O que significou, para a França, a Revolução ?
3. E para o resto do mundo ?

terça-feira, 16 de junho de 2009

Atenção

Pessoal,
amanhã haverá prova !

Boa sorte a todos.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Revolução Francesa

Tendo acontecido no final do século XVIII, a Revolução Francesa foi, junto com a Revolução Industrial inglesa, o grande marco da história contemporânea.
Esta afirmação pode ser explicada tanto se tomarmos a história da França quanto se olharmos para o mundo dos séculos XVIII, XIX e XX, sobre os quais a Revolução estendeu suas influências.
Na França a Revolução significou, em primeiro lugar, o fim da estrutura social e econômica feudal que ainda vigorava na maior parte da área rural e atingia a maioria da população.
Ao mesmo tempo, significou o início do processo de destruição do Estado absolutista e, por consequência, do domínio político da nobreza.
Na realidade, este domínio político já vinha sendo questionado pela burguesia em ascensão sócio-econômica há um bom tempo. Os anos que se seguiram à Revolução foram, exatamente, aqueles onde esta classe ascendente buscou afastar do poder a nobreza decadente, por um lado e, por outro, as classes populares.
A vitória política da burguesia, associada ao fim do feudalismo, abriu as possibilidades para a industrialização francesa e, daí, para o desenvolvimento do capitalismo com todas suas novas relações econômicas e sociais.
A Revolução Francesa foi também muito importante pelo que significou para o mundo nos séculos seguintes, tanto na Europa quanto nas Américas.
Em primeiro lugar ela projetou fortemente a possibilidade de tomada de poder pelas classes populares que, durante a Revolução, foi concreta e muito próxima.
Nas décadas seguintes quase todos os movimentos que pretendiam estabelecer rupturas políticas significativas e com orientação popular usaram desde as idéias revolucionárias até os métodos estabelecidos pelo povo francês. É importante lembrar que idéias claramente socialistas surgiram e tiveram grande significado durante a Revolução.
A Revolução também estabeleceu marcos fundamentais no que hoje chamamos de Direitos da Cidadania - basta lembrar a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a importância que os direitos políticos e sociais têm no mundo de hoje.
Ainda no campo político, os revolucionários franceses forjaram a primeira experiência moderna de uma forma republicana de governo, com a divisão de poderes, o voto e o mandato como expressão da representação dos cidadãos.
É importante ressaltar que quase todos os instrumentos políticos das repúblicas contemporâneas foram criados pelos revolucionários franceses durante ou logo após a Revolução.
As disputas políticas, a violência, a guerra interna conjugada com o combate aos invasores, a complexidade das contradições sociais e a resistência às mudanças fez com que a Revolução Francesa de 1789 figurasse como um dos eventos mais importantes da História.






Adair Carvalhais Júnior

Revolução Francesa

I. Introdução-Importância e Significado

II. Conceito: movimento político liderado pela burguesia que pôs fim ao absolutismo e ao feudalismo na França

III. Contexto
1. ascensão econômica da burguesia- comércio intraeuropeu + expansão marítimo comercial
2. conflito político: 3º estado x sociedade de ordens
3. conflito econômico: manutenção das instituições feudais
crises de fome constantes por falta de investimento na agricultura
a terra q não podia ser objeto de comércio
4. Iluminismo

IV. Importância
- instituiu a democracia representativa - voto
- introduziu os precursores dos partidos políticos e da esquerda e direita
- estabeleceu o princípio da igualdade de todos perante a lei
- tornou-se padrão e exemplo para movimentos democrático-populares

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Revolução Industrial-Conclusão

1. Ordem, controle e disciplina, dentro e fora das fábricas - a Revolução Industrial alterou não apenas a maneira como as mercadorias passaram a ser produzidas mas, principalmente, a vida familiar e a vida em sociedade , os valores, as tradições.
2. Aumento da produção - aumento da população - desenvolvimento dos transportes - urbanização - êxodo rural: todos estes fenômenos estão intimamente relacionados
3. Destruição do sistema doméstico, dos valores tradicionais, dos costumes, das crenças, da segurança familiar.
4. A exploração econômica dos trabalhadores foi acompanhada da opressão política.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Avaliação I e II Guerras- corrigida






Mapa 1

1. ESCOLHA, dentre as alternativas abaixo, o nome mais adequado para o Mapa 1.
a. Processo de descolonização da Europa
b. Europa entre guerras
c. Europa às vésperas da II Guerra Mundial
d. Deslocamento de tropas durante a Guerra Fria
e. Nenhuma das alternativas.
JUSTIFIQUE sua resposta

A presença dos quatro impérios, especialmente o Russo, indica que o mapa se refere à época da I Guerra Mundial

2. Quatro Estados representados no mapa 1 desapareceram. Responda o que se pede:
a. IDENTIFIQUE estes Estados

Império Russo, Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Otomano

b. EXPLIQUE porque eles desapareceram

1 Império Russo - após a Revolução Russa, transforma-se numa república comunista.

2 Império Alemão - além de perder território, transforma-se numa república.

3. Império Austro-Húngaro - além de perder território, transforma-se em dois Estados: Áustria e Hngria
4. Império Otomano - desintegra-se progressivamente em vários Estados.

3. OBSERVE o Mapa 2 (acima). Nele alguns ESTADOS estão marcados com "círculo" e outros com "triângulos". RESPONDA

a. Este mapa se refere a qual momento histórico ? Por que ?

Guerra Fria. A existência de duas Alemanhas indica o mundo bipolar da Guerra Fria.

b. Por que o mapa indica uma divisão da Europa em dois conjuntos de países ? Que conjuntos de países são estes ?

A Europa, bem como o mundo, se divide em dois conjuntos de países: capitalistas e comunistas


4.
a. ELABORE um conceito para Guerra Fria

Guerra Fria foi o período que vai do fim da Segunda Guerra Mundial ao início da década de 90 do século passado. Caracterizou-se pela inexistência de conflitos militares diretos entre as duas grandes potências - EUA e URSS - mas pela existência de inúmeros conflitos indiretos entre ambos.

b. CITE um conflito (militar ou não) e EXPLIQUE sua relação com a Guerra Fria


Guerra do Vietnã e Guerra da Coréia - conflitos militares. As duas potências envolvem-se nestes conflitos apoiando lados opostos.
Corrida armamentista, corrida espacial, Olimpíadas - conflitos não militares. As duas potências procuram mostrar que o sistema econômico de cada uma - capitalismo ou comunismo - é melhor, mais avançado. São conflitos que utilizam da propaganda ideológica indireta.



acj/mai09

terça-feira, 12 de maio de 2009

ATENÇAO AOS MAPAS DO BLOG

AMANHÃ TEM PROVA !!!!!!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A Revolução Industrial

Universidade Federal de Minas Gerais
Centro Pedagógico – Escola Fundamental- Núcleo de Geografia e História- Disciplina História
Professor Adair Carvalhais Júnior


A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Adaptado de História Temática – O Mundo dos Cidadãos. Montellato, Cabrine e Catelli. Ed. Scipione, pg. 30 a 51


Mais do que a introdução das máquinas no sistema de produção de bens e mercadorias, a Revolução Industrial consistiu numa transformação no modo de trabalhar dos homens, na maneira de se relacionarem uns com os outros, de pensar e agir, bem como utilizar o tempo, observar o meio ambiente e nele interferir. A própria noção de tempo foi modificada.
O relógio mecânico, criado em fins do século XIII para disciplinar a vida dos monges acabou por extrapolar seu objetivo inicial e passou a controlar o ritmo de todas as atividades da vida urbana.
Assim, já por volta do século XVI a noção de tempo relacionava-se com o tempo útil, o tempo do trabalho. Desta forma, a noção do mercador do tempo como dinheiro foi se disseminando por todas as esferas da sociedade.
A revolução industrial também se relacionou com o desejo dos patrões em disciplinar os operários e em submetê-los a novos sistemas de trabalho.

O NASCIMENTO DAS FÁBRICAS

Durante a Idade Média européia a produção era realizada em um sistema familiar e destinava-se a atender às necessidades da família do camponês.
O crescimento urbano e o êxodo rural aumentaram o contingente de artesãos e estes procuraram se organizar nas chamadas corporações de ofício.
As corporações eram organizações que possuíam regulamentos próprios quanto à hierarquia, formação e treinamento de profissionais, às horas de trabalho, salários, preços dos produtos. Além disto protegiam os artesãos contra a concorrência estrangeira (de outras cidades ou países).
Por volta do século XVI os comerciantes começaram a fornecer a matéria-prima aos trabalhadores fora da jurisdição das corporações e a controlar a comercialização da produção, num sistema que ficou conhecido como putting-out na Inglaterra.
Neste sistema os trabalhadores produziam em suas casas, eram donos das ferramentas, controlavam as técnicas e o processo de trabalho. Mas surgiam conflitos entre eles e os comerciantes pois nem sempre a matéria-prima era de boa qualidade, havia desvio da produção e o preço combinado não era pago, além do atraso na entrega das mercadorias.
Por isto as fábricas nasceram da necessidade dos comerciantes controlarem melhor os trabalhadores, impor-lhes um ritmo de trabalho próprio e retirar-lhes a iniciativa e a criatividade.
Nelas os trabalhadores eram reunidos em galpões, vigiados e controlados por meio de uma rígida disciplina, de horários de entrada e saída, prazos para cumprimento das tarefas, maior divisão das etapas do trabalho e uma hierarquia severa. Nelas as jornadas de trabalho atingiam até 16 horas por dia, sem feriados ou férias e a utilização da mão-de-obra infantil era comum.

TRABALHO E TECNOLOGIA

A invenção de máquinas para fazer o trabalho do homem era uma história antiga. Mas a associação da máquina à força do vapor provocou mudanças inéditas.
A produção em grande escala, a divisão do trabalho e a utilização da energia não humana provocou um enorme aumento na produção.
Sob o ponto de vista dos trabalhadores, a Revolução Industrial foi uma catástrofe. A exploração econômica e a opressão política só fizeram aumentar e as relações entre patrões e empregados tornaram-se mais duras e menos pessoais. Nasceu aí a classe operária, tão importante para a civilização ocidental particularmente a partir do século XIX.
Mas os conflitos entre patrões e empregados não giravam, no início, em torno de questões econômicas mas de valores: tradição, justiça, solidariedade, independência, segurança e economia familiar eram freqüentemente invocados pelos trabalhadores que viam seu modo de vida ser transformado drasticamente (ver texto “Relato feito por um oficial fiandeiro de algodão ao público da cidade inglesa de Manchester”, em 1818).
E não poucas vezes estes conflitos tornaram-se violentos (ver texto “Os quebradores de máquinas”).

TAYLORISMO E FORDISMO

Frederick Winsllow Taylor criou o taylorismo, conjunto de regras criadas a partir da observação do trabalho nas fábricas que visava racionalizar e controlar ao máximo o tempo do trabalhador, elevar sua produtividade, eliminar o desperdício e reduzir os custos de produção.
No taylorismo a divisão do trabalho foi aprofundada, sendo cada operário responsável por uma única e repetitiva tarefa. Além disto o trabalhador que realizasse determinada tarefa num tempo menor que a média de todos os companheiros era premiado.
Henry Ford desenvolveu os princípios de Taylor e os aplicou nas suas fábricas, criando a linha de montagem, na qual os veículos eram colocados numa esteira rolante e cada trabalhador realizava uma única e simples etapa da produção: quanto mais simples menos sujeita a erros, maior velocidade, mais produtividade e mais lucros.

+ Charles Dickens (1812/1870), escritor inglês, retratou muito bem as condições de trabalho subumanas da classe trabalhadora no século XIX no livro Oliver Twist.
+ Charlie Chaplin, cineasta americano, mostrou no seu filme Tempos Modernos a vida repetitiva e monótona dos trabalhadores na indústria.


Após a leitura, responda:
1. Explique as transformações no modo de se produzirem as mercadorias desde a Idade Média até o nascimento das fábricas.
2. Identifique e diferencie taylorismo e fordismo e explique sua importância para o desenvolvimento industrial.
3. Explique as mudanças provocadas no modo de vida dos trabalhadores pela Revolução Industrial.
4. Explique as conseqüências da introdução de máquinas a vapor, do controle e da divisão do trabalho sobre a produção e a produtividade.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Revolução Industrial

I. Introdução
Localização espaço-temporal: Inglaterra, séc. XVIII (ap. 1750)
Importância e significado
- destruição do modo familiar de produção
- separação entre trabalhadores - que possuem a força de trabalho - e proprietários (da matéria-prima, do capital, da fábrica e dos produtos do trabalho)
OU
- separação entre assalariados (trabalhadores) e não assalariados (proprietários)
- instauração do modo capitalista de produção

II. Pioneirismo inglês
- hegemonia naval e comercial - domínio do comércio nas áreas coloniais
- mercado externo
importação de matéria prima (algodão)
consumo de tecidos (quase 90%)
capital: comércio colonial e tráfico escravos
controle sobre o trabalho: expulsão dos camponeses (cercamentos)

III. Da produção familiar à produção fabril

Produção familiar
- casa + oficina
- para consumo local
- mão-de-obra familiar (+aprendiz)
- pouca mecanização
- pouca ou nehnuma divisão do trabalho
- energia humana
- trabalho não assalariado
- controle da produção pelo artesão (tempo, quantidade de mercadorias, etc.)
- controle do saber/fazer pelo artesão

Produção fabril
- fábrica= local específico para a produção
- para consumo distante - intervenção do comerciante
- mão-de-obra: operários
- crescentemente mecanizado
- divisão do trabalho crescente
- energia não humana: vapor e outras
- trabalho assalariado
- controle da produção pelo dono da fábrica
- artesão não controla o saber/fazer

IV. Revolução industrial e capitalismo
tecnologia e aumento de produtividade
divisão de trabalho
trabalho assalariado

Descolonização da África e da Ásia

Europa-Entre Guerras

Europa-pós II Guerra

Europa-Pós I Guerra

Europa-Divisão Política-I Guerra (1914)

terça-feira, 5 de maio de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Centro Pedagógico – Escola Fundamental
Núcleo de Geografia e História
Prof. Adair Carvalhais Júnior


A Segunda Guerra Mundial


Um dos principais motivos da Segunda Guerra foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra.
Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados comuns.
Quase todos os historiadores concordam que a causa diplomática mais profunda da Segunda Guerra Mundial tem sua origem no Tratado de Versalhes, assinado entre as potências vencedoras da Primeira Grande Guerra (Estados Unidos, Inglaterra, França) e as vencidas (a Alemanha e a Áustria). A Alemanha se viu despojada da Alsácia-Lorena (que havia conquistado na guerra franco-prussiana de 1870), como teve de ceder à Polônia uma faixa de território que lhe dava acesso ao Mar Báltico (o chamado "corredor polonês").
As sanções aplicadas pelos vencedores tornaram-se fonte de amargos rancores, que facilmente foram explorados pela extrema direita nacionalista (nazistas e capacetes-de-aço, que começam a proliferar na Alemanha em 1919). O grande erro do Tratado de Versalhes foi ter ferido profundamente o sentimento nacional dos alemães, e, por outro lado, não lhes ter suprimido o potencial industrial.
A crise econômica que se abateu sobre o sistema capitalista mundial a partir de 1929 será o fator mais poderoso para que um novo arranjo do poder em escala mundial seja pleiteado. A crise levou os países capitalistas a tomarem medidas protecionistas visando salvar os mercados internos das importações estrangeiras, ocorrendo uma verdadeira guerra tarifária. A produção mundial, reduziu-se em 40%, sendo que a diminuição do ferro atingiu a 60%, a do aço 58%, a do petróleo 13% e a do carvão 29%.
O desemprego grassou nos principais países industrializados: 11 milhões nos Estados Unidos, 6 milhões na Alemanha, 2 milhões e meio da Inglaterra e um número um pouco superior na França. Não está longe da verdade o fato ter provocado a aflição e o desemprego em mais de 70 milhões de pessoas (contando-se os seus dependentes). Como a economia já estava suficientemente internacionalizada (com exceção da URSS que se lançava nos Planos Qüinqüenais) todos os continentes foram atingidos, aumentando ainda mais a miséria e o desemprego.
A América Latina, por exemplo, teve que reduzir em 40% suas importações e sofreu uma queda de 17% em suas exportações. É nesse contexto caótico que a Alemanha no Ocidente e o Japão no Oriente vão tentar explorar o debilitamento de seus rivais. Uma nova luta por mercados e novas fontes de matérias-primas levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos: Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os Estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
De 1941 a 1945 aconteceram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino ) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira.
Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
Este conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o comunismo soviético, onde ambos buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

Adapatado de
http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/index_flash.html
http://www.suapesquisa.com/segundaguerra/

Acessado em 28.04.2008



Após a leitura do texto, responda
1. Compare a situação da Alemanha e da Itália antes da Guerra.
2. Relacione o Tratado de Versalles com a II Guerra.
3. Cite e explique três consequências da Guerra.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Centro Pedagógico – Escola Fundamental
Núcleo de Geografia e História
Prof. Adair Carvalhais Júnior

A Segunda Guerra Mundial a partir de vários pontos de vista

1- Depoimentos

As causas da guerra segundo o Eixo

Testemunho número 1

De Joachim von Ribbentrop, ministro de Relações Exteriores da Alemanha nazista.
Texto escrito em 1946, depois da vitória aliada, quando o autor estava na prisão de Nuremberg. Foi condenado à morte como criminoso de guerra e enforcado.

"Em 1929, sobreveio na Alemanha uma tremenda crise econômica. As exportações alemãs não podiam cobrir as importações; as resryas de ouro do Reichbank (Banco da Alemanha) esgotaram-se rapidamente; a vida comercial estancou-se; a produção foi diminuindo; massas de trabalhadores foram despedidas de suas fábricas; havia milhares de homens sem trabalho; o capital fugiu para o estrangeiro
"Apesar das minhas idéias políticas, eu continuava sendo um homem de negócios e não havia decidido dedicar-me à política. Sem dúvida, quando em 1931 e 1932 vi que a Alemanha estava decadente, esforcei-me em trabalhar para o grande projeto Nacional Socialista [Nazista]."
"Exatamente como todos os governos alemães do passado, o governo do III Reich [o governo nazista] chegou à conclusão de que o que desejava o povo alemão não podia ser levado a cabo pelo caminho da paz."
"Por que os ingleses adotaram uma atitude de hostilidade contra a Alemanha? A resposta a esta pergunta é a mesma que esclarece os motivos da Segunda Guerra Mundial: o equilíbrio de poderes na Europa estava em perigo! Muitas vezes, Hitler repetia que pegaria em armas caso não nos entendêssemos com a Inglaterra a respeito de nosso poder, se este país viesse derrubar o equilíbrio de poder entre as potências européias."
"A terceira causa que impediu a aproximação entre Alemanha e Inglaterra foi o poder de alguns círculos formados principalmente por maçons e judeus. Acrescente-se a isto, também, que Hitler era muito influenciável pelo que dizia a imprensa, e uma parte da imprensa inglesa se mostrava contrária à Alemanha."
"Hoje, no outono de 1946, enquanto escrevo estas linhas na minha cela do cárcere de Nuremberg, oito dias antes da sentença, creio firmemente que, em qualquer circunstância, Adolf Hitler quis chegar a um acordo com a Inglaterra."

"Polônia não somente se negou a entrar em acordo com a Alemanha como acentuou a perseguição das minorias alemãs assentadas em seu território. Não cabe nenhuma dúvida de que a Inglaterra teve possibilidades de evitar a guerra fazendo uma ligação para Varsóvia. O fato de que o governo britânico não o tenha feito demonstra claramente que a Inglaterra estava decidida a ir à guerra."

Testemunho número 2
De Adolf Hitler, criador e líder do Partido Nacional Socialista (NAZISTA). Hitler chegou ao poder pelas urnas, mas imediatamente converteu a Alemanha em uma ditadura. O primeiro testemunho apresentado foi extraído das notas secretas de uma reunião celebrada em 2 maio de 1939 entre Hitler e seu Estado Maior. Em 23 de maio foi firmado o Pacto de Aço entre Itália e Alemanha. O segundo testemunho é uma carta de Hitler a seu aliado Mussolini sobre a assinatura do pacto germano-soviético.

1. "Neste momento, achamo-nos em um estado de fervor patriótico só compartilhado por outras duas nações: Japão e Itália. O período que se estende por trás de nós tem sido bem aproveitado. A Polônia sempre estará com nossos adversários e, apesar dos tratados de amizade, os poloneses têm tido sempre a intenção secreta de nos prejudicar. Conseguir a cidade de Dantzig, em resumo, não é o objetivo da disputa. Trata-se de expandir nosso espaço vital no leste da Europa e de assegurar nossos gêneros alimentícios; portanto, não podemos perdoar a Polônia e só nos resta a decisão de atacá-la na primeira ocasião. Se bem que não haja certeza de que a guerra germano­polonesa conduza a uma guerra mundial, ela seria, em primeiro lugar, contra Inglaterra e França. Se há uma aliança entre França, Inglaterra e URSS contra a Alemanha, Itália e Japão, me verei obrigado a atacar a Inglaterra e a França com uns quantos golpes aniquiladores. Duvido da possibilidade de um acordo pacífico com a Inglaterra. Conseqüentemente, é nossa inimiga e um confronto com ela será de vida ou morte. Temos que avassalar Holanda e Bélgica, prescindindo de suas neutralidades. Seria conveniente pactuar com a URSS para dividir nossos inimigos em potencial."
2. "Duce:
Há algum tempo que Alemanha e Rússia meditavam sobre a possibilidade de um pacto. As razões são as seguintes:
1- A situação política do mundo.
2- As dúvidas do Japão sobre se atacará ou não a Inglaterra e a URSS.
3- As relações entre Alemanha e Polônia são muito ruins, não
por culpa do Reich, mas dos ingleses.
Estas razões me induziram a acelerar a conclusão do tratado (Pacto germano-soviético). Posso lhe informar, querido Duce, que graças a isto a atitude benévola da URSS foi assegurada. Deixou de existir a possibilidade de um ataque por parte dela em caso de conflito."

Testemunho número 3

De Conde Galeazzo Ciano, genro de Mussolini (o Duce), ministro de Relações Exteriores da Itália.
Acusado de traição, foi fuzilado antes de acabar a guerra por ordem do próprio Mussolini. Os testemunhos procedem de seu diário pessoal:

"11 de agosto de 1939 - Ribbentrop [ver testemunho número 1] mostra-se esquivo a cada vez que lhe pergunto detalhes sobre o que a Alemanha pensa em fazer. Ele tem a consciência suja: mentiu muitas vezes sobre as intenções germânicas em relação à Polônia. O propósito de combate dos alemães é implacável; recusa todas as soluções que possam satisfazer a Alemanha e evitar a guerra. Tenho certeza que, ainda que se dê aos alemães mais do que eles pedem, eles atacariam igualmente, porque estão dominados pelo demônio da destruição."

"12 de agosto de 1939 - Dou-me conta muito rapidamente de que não há nada que fazer. Hitler está decidido a dar o golpe e dará. Nossos argumentos não podem servir para detê-Io. Hitler repete sempre que restringirá o conflito à Polônia, mas sua afirmação de que a Grande Guerra deve ser feita enquanto ele e o Duce forem jovens me induz a crer que ele age de má fé."

"13 de maio de 1940 - Mussolini me disse que os aliados perderam a guerra. Os italianos perderam a honra por não haver cumprido o pacto com a Alemanha. Não se pode perder mais tempo; este mês declararemos a guerra e atacaremos a França e a Inglaterra por mar e por terra."

As causas da guerra segundo os aliados

Testemunho número 4

De Sir Winston Churchill, primeiro ministro britânico durante a guerra. Testemunhos extraídos de suas extensas memórias escritas em 1948, já findo o conflito.

"Entretanto (1929-1933), chegou a vez de a Alemanha sofrer as conseqüências da crise econômica; isso ocasionou um amplo fechamento de fábricas nas quais se fundava o renascer pacífico da Alemanha [renascer se refere à derrota alemã na Primeira Guerra Mundial]."
"Os acordos territoriais de Versalhes que deram fim à Primeira Guerra Mundial (1914-1918) deixaram a Alemanha praticamente intacta. Ainda continuava sendo a principal potência da Europa. Quando o marechal francês Foch escutou o conteúdo do Tratado de Versalhes, disse com singular justiça: "Isto não é uma paz, é uma trégua por vinte anos". A Alemanha ficava condenada a pagar reparações em uma quantia enorme, e nenhuma nação derrotada jamais pode pagar os custos da guerra moderna."
"É possível que, no último ano antes do início da guerra, a Alemanha fabricasse o dobro, se não o triplo da quantidade de munições que França e Inglaterra fabricavam juntas. Suas fábricas de tanques também devem ter chegado a sua máxima capacidade. Portanto, os nazistas obtinham armas muito mais rapidamente do que nós; finalmente, um fato a mais: só em 1938, Hitler anexou à Alemanha mais de seis milhões de austríacos e três milhões e meio de tcheco­eslovacos habitantes da região dos Sudetos. Em resumo, mais de dez milhões de novos súditos: trabalhadores e soldados. A balança da guerra, que ele já estava preparando, se inclinava a seu favor."
"O povo inglês mostrou uma crescente tendência a abandonar todo temor em relação à Alemanha. Setenta milhões de alemães deviam ser autorizados a rearmar-se e preparar-se para a guerra, sem que os vencedores do conflito anterior fizessem a menor objeção. A atitude inglesa animou o governo alemão. Eles supuseram que nossa debilidade se devia ao parlamentarismo e à democracia que temos na Inglaterra. Animados pelo golpe de Hitler, os representantes da Alemanha, altivamente, abandonaram a Conferência de Desarmamento. Enquanto a Alemanha produzia armamento, Inglaterra e França desarmavam seus exércitos. Diante desta situação, os americanos não fizeram mais do que encolher os ombros."
"Na noite de 19 de agosto de 1939, Stálin comunicou que se proporia a assinar um pacto com a Alemanha; em 22 de agosto houve o encontro entre Stalin e Ribbentrop. Rapidamente, e sem dificuldades, se chegou a um acordo de não agressão. Nada podia evitar nem atrasar o conflito."

Testemunho número 5

De Edouard Daladier, ministro da Defesa do governo francês de 1936 ao mês de maio de 1940, e também presidente do governo em 1938. Em 1939, depois da assinatura do pacto entre Hitler e Stalin (Pacto germano-soviético), decidiu entrar em guerra contra a Alemanha. Foi obrigado a renunciar ao ser preso pelo governo pró-nazista francês presidido pelo general Pétain e, dois anos depois, foi entregue aos alemães.

"Desde maio, a URSS sustentava duas negociações para estabelecer uma aliança: uma com a França e outra com a Alemanha. A aliança com a França era para defender a Polônia do previsível expansionismo alemão; a aliança com a Alemanha era para repartir a Polônia entre ambos os Estados. A URSS parecia preferir repartir a Polônia a defender-se a si própria. Esta foi a causa imediata da Segunda Guerra Mundial."

Testemunho número 6

De Charles de Gaulle, general francês que se rebelou contra o governo de seu país, presidido por Pétain, que colaborava com Hitler. Destacou-se por sua luta contra a invasão alemã à França, mesmo que sua força militar fosse quase inexistente. Depois da guerra foi presidente da República. Os testemunhos foram extraídos de suas memórias, publicadas em 1955.

"Era evidente que o fim da Primeira Guerra não havia assegurado a Paz. A Alemanha retornava com suas ambições à medida que recobrava forças e, enquanto isso, era só a França quem tinha que conter o Reich. Os EUA viravam as costas ao perigo que ia caindo por sobre a Europa."
"Em outubro de 1933, o Führer rompia com a Liga das Nações, e arrogava para si a liberdade de ação em matéria de armamento. Os anos 1933 a 1935 colocaram em prática, na Alemanha, um imenso esforço de fabricação de armas e de recrutamento de soldados. O regime nazista alardeava querer romper o Tratado de Paz de Versalhes e conquistar seu espaço vital. Ainda que essas medidas constituíssem outras tantas violações dos tratados, o mundo livre se contentava em protestar ante a Liga das Nações. Era insuportável ver o inimigo preparar-se para a guerra enquanto a França se debilitava."

2- Guia de trabalho

Análise dos testemunhos
Causas da guerra, segundo Ribbentrop: como o ministro de Relações Exteriores nazista valoriza a responsabilidade da Inglaterra no início do conflito?
Como Hitler analisa o tema da Polônia? Ele entra em contradição com Ribbentrop? Segundo os testemunhos, como Hitler via a possibilidade de uma guerra mundial?
Comparar a visão que se dá do pacto de Hitler e Stálin (Pacto germano-soviético) entre os nazistas e os fascistas italianos.
Como Ciano analisa a atitude alemã, ante a possibilidade de uma guerra?
Segundo Churchill, quais foram as causas principais da militarização da Alemanha? Ela coincide com alguma apontada por Ribbentrop?
Quais são as causas da guerra, segundo Daladier e De Gaulle?
São as mesmas que aponta Churchill?

Interpretação
1- Depois de analisar os testemunhos, escreva um relatório em que constem as contradições entre as distintas visões.
2- Com a ajuda de informações extraídas de outras fontes, tente estabelecer uma opinião sobre as causas imediatas que provocaram a guerra mais sangrenta de todos os tempos.


Adaptado de "Oficinas de História"


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