Universidade Federal de Minas Gerais
EBAP- Centro Pedagógico
Prof. Adair Carvalhais
Júnior
Núcleo de História- 2013
Leia o texto com atenção, marcando os termos que
você não sabe o significado.
Procure no dicionário o significado das palavras
marcadas e anote-os no caderno.
Faça uma segunda leitura.
Apenas depois de ler 2 vezes, responda às questões
abaixo, no seu caderno.
As Grandes
Navegações
Durante os séculos XV e XVI os países
europeus que realizavam comércio com as Índias, destacando-se Portugal e
Espanha, tiveram que encontrar uma nova rota marítima para chegar a essa
região. O domínio turco sobre o Mar Mediterrâneo impedia que os comerciantes da
Europa utilizassem esse caminho para alcançar o Oriente e, assim, os governos
europeus viram-se obrigados a organizar viagens para procurar um outro trajeto.
Mudar de caminho significava deixar a
segurança do já conhecido Mediterrâneo para desafiar o pouco conhecido Oceano
Atlântico. O desconhecido, como sempre, causou medo e despertou a imaginação
dos homens da época. A crença em lendas de monstros que habitavam o Oceano, de
águas ferventes além da linha do horizonte, de seres sobrenaturais que poderiam
ser encontrados no Atlântico mostra-nos o pânico dos europeus em relação às
águas desconhecidas naquele momento.
Por outro lado, a necessidade de
descobrir uma nova rota comercial e o desejo de enriquecer- se com os tesouros
que julgavam existir no Oriente estimulavam esses homens a participarem das
expedições que saiam dos portos da Europa sem destino certo. A insegurança era
enorme, pois, não se sabia para onde iriam os navios, o que ou quem
encontrariam lá ou, até mesmo, se chegariam a algum lugar antes que um
naufrágio destruísse as embarcações.
As tripulações passavam por inúmeras
dificuldades, os navios não comportavam quantidade suficiente de alimentos e
água potável fazendo com que a fome e sede fossem constantes nas longas
viagens. O principal alimento era um tipo de biscoito, especialmente preparado,
que, contudo, estragava devido a seu mau armazenamento.
As condições de higiene eram péssimas,
não havia banheiros, o que facilitava a proliferação de ratos e baratas e
favorecia o aparecimento de doenças que atingiam, muitas vezes fatalmente,
grande parte dos passageiros. A enfermidade mais comum foi o escorbuto, causada
pela deficiência de determinadas vitaminas na alimentação.
Os padres, presentes na tripulação,
eram os responsáveis pelo cuidado com os doentes e a sangria era o principal
método médico utilizado para tentar curar os enfermos. As mortes diárias eram
muitas e os cadáveres ficavam expostos no convés até que fossem lançados ao
mar.
A hierarquia social era mantida a
bordo. Dependendo de sua posição social o indivíduo tinha privilégios dentro do
navio como, por exemplo, o direito de levar consigo mais alimentos para seu
consumo particular. Os Regimentos eram os documentos que estabeleciam as regras
a serem seguidas por cada membro da tripulação e o capitão era o responsável
pela fiscalização de seu cumprimento.
O dia a dia das Grandes Navegações
foi, sem dúvida, difícil e cheio de desafios, mas os homens da época não
desistiram de seus objetivos. Nesta sua "aventura" acabaram
"descobrindo" o Continente Americano e seus habitantes, fato que
marcou profundamente a história de toda humanidade.
(Texto
adaptado de “O Ponto onde Estamos”, de Paulo Micelli por Juliana Diniz Valério)
Perguntas
1. Que
dificuldades passavam as tripulações dos navios ?
2. Qual a
função dos padres entre a tripulação ?
3. Você
acha que os padres teriam outras funções ? Quais ? Por que ?
4. Que
motivos levaram os homens a se aventurar no desconhecido ?
5. O que
obrigou os europeus a procurarem uma nova rota para o Oriente ?
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