quinta-feira, 28 de março de 2013

As Grandes Navegações



Universidade Federal de Minas Gerais
EBAP- Centro Pedagógico
Prof. Adair Carvalhais Júnior
Núcleo de História- 2013


Leia o texto com atenção, marcando os termos que você não sabe o significado.
Procure no dicionário o significado das palavras marcadas e anote-os no caderno.
Faça uma segunda leitura.
Apenas depois de ler 2 vezes, responda às questões abaixo, no seu caderno.


As Grandes Navegações

       Durante os séculos XV e XVI os países europeus que realizavam comércio com as Índias, destacando-se Portugal e Espanha, tiveram que encontrar uma nova rota marítima para chegar a essa região. O domínio turco sobre o Mar Mediterrâneo impedia que os comerciantes da Europa utilizassem esse caminho para alcançar o Oriente e, assim, os governos europeus viram-se obrigados a organizar viagens para procurar um outro trajeto.
        Mudar de caminho significava deixar a segurança do já conhecido Mediterrâneo para desafiar o pouco conhecido Oceano Atlântico. O desconhecido, como sempre, causou medo e despertou a imaginação dos homens da época. A crença em lendas de monstros que habitavam o Oceano, de águas ferventes além da linha do horizonte, de seres sobrenaturais que poderiam ser encontrados no Atlântico mostra-nos o pânico dos europeus em relação às águas desconhecidas naquele momento.
        Por outro lado, a necessidade de descobrir uma nova rota comercial e o desejo de enriquecer- se com os tesouros que julgavam existir no Oriente estimulavam esses homens a participarem das expedições que saiam dos portos da Europa sem destino certo. A insegurança era enorme, pois, não se sabia para onde iriam os navios, o que ou quem encontrariam lá ou, até mesmo, se chegariam a algum lugar antes que um naufrágio destruísse as embarcações.
            As tripulações passavam por inúmeras dificuldades, os navios não comportavam quantidade suficiente de alimentos e água potável fazendo com que a fome e sede fossem constantes nas longas viagens. O principal alimento era um tipo de biscoito, especialmente preparado, que, contudo, estragava devido a seu mau armazenamento.
         As condições de higiene eram péssimas, não havia banheiros, o que facilitava a proliferação de ratos e baratas e favorecia o aparecimento de doenças que atingiam, muitas vezes fatalmente, grande parte dos passageiros. A enfermidade mais comum foi o escorbuto, causada pela deficiência de determinadas vitaminas na alimentação.
         Os padres, presentes na tripulação, eram os responsáveis pelo cuidado com os doentes e a sangria era o principal método médico utilizado para tentar curar os enfermos. As mortes diárias eram muitas e os cadáveres ficavam expostos no convés até que fossem lançados ao mar.
        A hierarquia social era mantida a bordo. Dependendo de sua posição social o indivíduo tinha privilégios dentro do navio como, por exemplo, o direito de levar consigo mais alimentos para seu consumo particular. Os Regimentos eram os documentos que estabeleciam as regras a serem seguidas por cada membro da tripulação e o capitão era o responsável pela fiscalização de seu cumprimento.
         O dia a dia das Grandes Navegações foi, sem dúvida, difícil e cheio de desafios, mas os homens da época não desistiram de seus objetivos. Nesta sua "aventura" acabaram "descobrindo" o Continente Americano e seus habitantes, fato que marcou profundamente a história de toda humanidade.    

(Texto adaptado de “O Ponto onde Estamos”, de Paulo Micelli por Juliana Diniz Valério)

Perguntas
1. Que dificuldades passavam as tripulações dos navios ?
2. Qual a função dos padres entre a tripulação ?
3. Você acha que os padres teriam outras funções ? Quais ? Por que ?
4. Que motivos levaram os homens a se aventurar no desconhecido ?
5. O que obrigou os europeus a procurarem uma nova rota para o Oriente ?

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