terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
domingo, 6 de outubro de 2013
Escravidão negra
Exercícios pg 180 a 187
1. Qual o conceito atual de trabalho escravo ?
2. Como funcionava a encomienda
? Ela pode ser considerada um modo de trabalho escravo ? Por que ?
3. Como funcionava o repartimiento
? Ele pode ser considerada um modo de trabalho escravo ? Por que ?
4. Como funcionava a mita
? Ela pode ser considerada um modo de trabalho escravo ? Por que ?
5. Explique as conseqüências do uso da mita sobre as
comunidades indígenas.
6. Descreva o comércio triangular entre Europa, África e
Brasil.
7. Por que era melhor escravizar os africanos e não os
índios ?
8. Explique a relação entre a maior valorização do trabalho
intelectual e a escravidão no Brasil.
9. Explique as formas de resistência dos negros à
escravidão.
10. Explique o processo de escravização no Brasil atual.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Exercícios
p. 102/103
1. Por que Portugal resolveu “mudar os rumos dos negócios” após 1530 ? O que os portugueses decidiram fazer ?
2. Por que os portugueses desejavam catequizar os índios ?
3. Sobre as capitanias hereditárias responda:
a. qual o objetivo de sua criação ?
b. por que não tiveram êxito ?
4. Defina sesmarias.
p. 107-109
5. Qual o papel da catequização na transformação dos índios em mão-de-obra para os colonizadores ?
6. Por que os bandeirantes foram importantes na colonização do Brasil ?
7. O que foi a Confederação dos Tamoio ?
p. 119 a 121
8. Qual a estratégia usada pelos espanhóis para conquistar e dominar os incas e astecas ?
9. Fazer o exercício da página 127.
Segunda parte
Ler e resumir, no caderno:
p 180 a 187
Exercícios p. 188, 189, 190, 191, 192, 195 e 197
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
Ode à baderna
por Leandro Fortes
Um dos discursos mais comuns à
direita brasileira é esse: peçam o que quiserem, digam o que quiserem, mas não
façam baderna. E, sobretudo, não atrapalhem o trânsito. Não por outra razão,
qualquer cobertura da mídia nacional sobre passeatas, manifestações e grandes
movimentações de massa acabam, sempre, em manchetes de trânsito. Os camponeses
foram a Brasília pedir reforma agrária? Atrapalharam o trânsito. As mulheres da
Marcha das Margaridas invadiram as Esplanada dos Ministérios para pedir saúde e
educação no campo? Provocaram engarrafamentos. A moçada parou São Paulo para
reclamar do aumento da tarifa do transporte público? O promotor mentecapto,
parado no trânsito, pede a PM para espancar e matar os manifestantes. Afinal, o
filhinho dele está na escola. Mas como chegar para pegá-lo a tempo, se os
bárbaros impedem o trânsito?
Quando, além de parar o trânsito,
os manifestantes fazem baderna, aí não! Aí já é demais! Não pode ter baderna.
Tem que ser como aquelas passeatas pela paz na Zona Sul do Rio de Janeiro,
todos de branco na Avenida Atlântica, copos-de-leite às mãos, o trânsito
compreensivelmente parado para a procissão de cidadãos contritos. A polícia,
claro, à distância, com as sirenes reverencialmente desligadas. Tudo assim, sem
baderna, dentro da lei e da ordem. A manifestação do mundo ideal.
Pena que para quem pega quatro
conduções por dia e gasta em média quatro horas dentro delas (ou esperando por
elas) a realidade seja outra. No mundo do transporte público não tem hakuna
matata. O pau come no ponto, no ônibus lotado, nas estações de trem e metrô
diariamente conflagradas. Para o usuário de transporte coletivo, todo dia tem
confusão e baderna, mas é difícil explicar isso para o mundo da Avenida
Paulista. Para a classe média bem motorizada, as demandas do transporte
coletivo são subterrâneas, confinadas a um universo específico sobre o qual só
se tem notícia quando motoristas e cobradores entram em greve. É o dia em que a
patroa de Higienópolis se inquieta porque a empregada vai chegar mais tarde ou,
horror dos horrores, nem vem trabalhar. Quem vai fazer almoço? E os petizes,
sob a guarda de quem ficarão no playground?
E, de repente, vem a baderna.
Multidões de cidadãos, jovens,
velhos, brancos, negros, empregadas, office-boys, desempregados, professores,
trabalhadores, trabalhadoras, desocupados. Baderneiros. Quebram ônibus,
depredam vidraças, picham paredes, revolvem a cidade e deixam marcas no
asfalto.
O horror, o horror!
Então, todos se unem contra a
baderna. Podem pedir o que quiserem, podem se manifestar, cruzar as ruas com
bandeiras, mas, por favor, não atrapalhem o trânsito. Políticos de todos os
matizes se unem para bradar: baderna, não! Antigos militantes de esquerda que
ainda acham um lindo momento histórico as barricadas de Paris, em 1968, estão,
ora vejam, revoltados com a baderna. Pedras, paus, coquetéis molotov, é preciso
conter os bárbaros e acabar com a baderna. Não interessa se eles vivem em
panelas de pressão, amontoados em latas automotivas superlotadas, se ganham uma
miséria e, agora, terão que pagar mais 20 centavos pelo mesmo sofrimento
diário. O que importa é que eles, baderneiros, estão atrapalhando o trânsito.
Então, a solução é descer a
porrada. Passar a borracha no lombo desses baderneiros, enfiar-lhes o cassetete
na cuca, tocar o gado revoltado para o corredor polonês.
Que a violência policial contra
os manifestantes venha do governo de São Paulo, não causa espécie a ninguém. O
PSDB é um partido de direita, o governador Geraldo Alckmin é um numerário da
Opus Dei, organização católica de extrema-direita, e a PM de São Paulo é um
substrato intocável do aparato policial-militar herdado da ditadura. Os
policiais que tomaram o centro da cidade para espancar e prender manifestantes
e jornalistas são os cães de guarda desse sistema. Não há disfunção alguma no
que estão fazendo: eles existem, basicamente, para isso. Para tocar a negrada a
pau, para dar paz a Higienópolis e garantir a brisa fresca de domingo nos
Jardins. Dessa gente e de sua guarda pretoriana devem cuidar, nas próximas
eleições, o povo de São Paulo.
Mas, onde está o PT? Onde está o
prefeito Fernando Haddad, este que já avisou, de Paris, pelo Twitter, que não
irá “tolerar vandalismo”? Onde estão os vereadores, deputados e senadores do
partido que nasceu nas monumentais greves do ABC paulista, em plena ditadura
militar, que os chamava, ora vejam, de baderneiros? Nada. Ninguém de braços
dados para enfrentar a tropa de choque. Todos quietinhos, com seus militantes
sempre tão subordinados, para saber o que vai sair no Jornal Nacional e na Veja
de domingo. Até lá, melhor deixar as barbas de molho. Para os que ainda têm
barba, claro.
Nessa vergonhosa escalada de
violência tocada pelo governo tucano de São Paulo, não podia faltar, claro, o
apoio da mídia. Não há manifestantes para a ela, mas só baderneiros.
Manifestantes são franceses, suecos, turcos, chineses. No Brasil, são vândalos
e desocupados interessados em depredar o patrimônio público, como se a imprensa
brasileira, hoje povoada de engomadinhos formados em cursinhos de trainee,
alguma vez tenha se preocupado, de fato, com a segurança física dos ônibus
usados pelos pobres.
Perdão, gente indignada com os
vândalos. Mas entre a hipocrisia e a baderna, eu fico, alegremente, com a
segunda.
http://www.cartacapital.com.br/blogs/leandro-fortes/ode-a-baderna-8017.html
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